A firma de private equity Aqua Capital anunciou hoje (29) que comprou uma fatia minoritária relevante na SoluBio, com o objetivo de ampliar sua atuação no mercado de bioinsumos.
Após os valores dos fertilizantes saltarem em função da guerra entre Rússia e Ucrânia e os preços dos agroquímicos se manterem elevados pelos efeitos da pandemia em países como a China, os agricultores ficaram mais atentos às alternativas de insumos biológicos.
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O valor da operação da Aqua e a fatia adquirida não foram relevados. Os recursos serão investidos na ampliação da área comercial, governança, pesquisa e desenvolvimento, além de um plano de expansão internacional, informou a empresa.
“Estamos começando no Brasil, mas com perspectivas para avançar para a América Latina e Estados Unidos… Do ano que vem em diante, a expansão internacional vai ganhar mais atenção”, disse à Reuters o sócio do Aqua Capital, Tomás Romero.
O modelo de negócios da SoluBio permite que os agricultores instalem “biofábricas” nas fazendas, capazes de produzir seus próprios bioinsumos e manter soluções para o manejo da lavoura.
O presidente da SoluBio, Alber Guedes, disse que a companhia estrutura laboratórios de produção nas propriedades rurais, dá treinamento para funcionários e agricultores, fornece a matérias-primas e presta assistência técnica.
“A gente dá todo o suporte técnico para que o produtor possa produzir seu bioinsumo dentro da propriedade”, afirmou.
Algumas das soluções são para regeneração de solo, controle de pragas e doenças, promotores de crescimento e aceleradores. A empresa também está investindo numa linha de biofertilizantes.
No plano de internacionalização, a SoluBio pretende atender países da América Latina com exportações de matéria-prima e montar equipes locais para a prestação de serviços nas lavouras.
Nos Estados Unidos, a empresa pretende construir uma unidade ou fazer uma aquisição.
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