A BrasilAgro, que atua na produção agropecuária e no mercado de compra e venda de propriedades rurais, projetou aumentar em 7,5% o plantio de soja na nova safra 2022/23, para 67,3 mil hectares, de acordo com relatório publicado na noite de ontem (1).
Com isso, a produção de soja da companhia poderá aumentar 11% ante 2021/22, para 218,6 mil toneladas, disse a BrasilAgro, ressaltando que na safra passada a colheita nas áreas de Brasil e Bolívia ficou acima das expectativas, enquanto problemas climáticos atingiram as fazendas no Paraguai.
Já o plantio de algodão deverá mais que dobrar de uma safra para outra, a 8,3 mil hectares. E a produção da pluma na nova temporada deve saltar para mais de 30 mil toneladas, também devido ao fato de os volumes em 21/22 terem ficado abaixo do estimado inicialmente.
“O período de estiagem enfrentado nos Estados da Bahia e do Mato Grosso impactou a produtividade do algodão e do milho safrinha dessas regiões”, explicou a empresa.
As áreas dedicadas ao milho e feijão primeira e segunda safras cairão no novo ciclo, respectivamente para 21,7 mil (-21,4%) e 2,2 mil hectares (-61,34%) ante a temporada passada.
Considerando toda a área de grãos, a BrasilAgro projeta um recuo de quase 5%, para 91,25 mil hectares.
A área de pastagens para pecuária atingirá 16 mil hectares (+41,5%). A cana-de-açúcar terá um pequeno recuo de 1,6%, para 28,5 mil hectares.
Já o total plantado de todas as culturas foi estimado em 170,9 mil hectares, aumento de cerca de 2 mil hectares na comparação com o ciclo anterior.
A companhia disse que incorporou novas áreas arrendadas para a safra 22/23. “As novas parcerias estão localizadas no Estado do Mato Grosso e possuem alto potencial produtivo”, explicou.
As projeções foram divulgadas juntamente com o balanço da safra passada, quando a empresa afirmou ter tido um “resultado recorde“.
A receita líquida de 2021/22 totalizou R$ 1,48 bilhão, crescimento de 98%, sendo R$ 1,168 bilhão da comercialização de produtos agrícolas e R$ 316,17 milhões em venda de fazendas.
O Ebitda (indicador de geração de caixa, ajustado totalizou R$ 748,1 milhões, crescimento de 105%, com margem de 38%. Na mesma linha, o lucro líquido da companhia avançou 64%, para R$ 520,1 milhões.