Associações de produtores de biocombustíveis da Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai e Uruguai lançaram um manifesto, nesta quinta-feira (27), cobrando a implementação de medidas para o avanço dos investimentos no setor na região, como estratégia de transição energética.
No documento “Manifesto em Defesa dos Biocombustíveis”, as entidades signatárias destacaram a importância de se definirem marcos regulatórios que garantam investimentos e pesquisas científicas e tecnológicas sobre biocombustíveis, visando ao cumprimento dos compromissos assumidos para a descarbonização no Acordo de Paris.
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O setor defende, ainda, a elaboração de “roteiros claros” e planejamentos energéticos de longo prazo, capazes de atrair a confiança de investidores, além de um plano regional de transição energética voltado ao financiamento de projetos.
“Os biocombustíveis oferecem uma oportunidade para uma verdadeira transição energética, bem como para o desenvolvimento de coprodutos que encontram sua origem na agricultura e não na geologia, promovendo a descarbonização de forma integral e aumentando a independência energética da região”, disseram as associações.
Matéria-Prima
O manifesto ocorre em momento que a indústria de biodiesel do Brasil aguarda a definição pelo governo federal da proporção do biocombustível no diesel, com potencial de elevar a demanda de soja para esse fim em 51% se confirmado o cronograma do programa brasileiro de uma mistura de 15% para a maior parte de 2023. Neste ano, o governo decidiu baixar a mistura para 10%, citando questões de preços da matéria-prima.
Assinam o documento a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), União Nacional do Etanol de Milho (Unem), além de entidades dos países vizinhos.
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