A safra de soja do Brasil 2022/23 foi estimada nesta quinta-feira (12) em 152,7 milhões de toneladas, ante 153,5 milhões na previsão de dezembro, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que citou a “má distribuição de chuvas” principalmente no Rio Grande do Sul e também cortou a expectativa para o milho.
Se a projeção para a soja for confirmada, a safra cresceria 21,6% na comparação com o ciclo anterior, que foi atingido por seca nos Estados do Sul.
O desenvolvimento das lavouras de soja, principal produto da agricultura brasileira, é considerado satisfatório em grande parte das regiões, com precipitações ocorrendo em bom volume e periodicidade, disse a Conab.
“Porém, principalmente no Rio Grande do Sul, a má distribuição das chuvas, tanto em volume como em regularidade, afeta o potencial das lavouras na maioria das regiões. Já em Mato Grosso, as chuvas volumosas e abrangentes nas principais regiões produtoras favoreceram o desenvolvimento das lavouras no maior estado produtor do grão”, afirmou o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, em nota.
A Conab também reduziu a estimativa para a safra total de milho para 125,06 milhões de toneladas, aproximadamente 800 mil toneladas a menos do que o projetado em dezembro, com uma diminuição na expectativa para a colheita de verão.
Ainda assim, a produção seria recorde, aumentando 10,5% na comparação com o ciclo passado.
A primeira safra, atingida por irregularidade de chuvas, foi projetada em 26,46 milhões de toneladas, ante 27,2 milhões na projeção do mês anterior.
A Conab manteve a previsão da segunda safra inalterada em 96,27 milhões de toneladas.