As exportações totais de carne suína, considerando o produto in natura e processado, alcançaram 1,12 milhão de toneladas em 2022, queda de 1,4% no comparativo anual, apesar de uma reação nos embarques para a China em dezembro, disse hoje (9) a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
Em receita, o recuo foi de 2,6% para US$ 2,57 bilhões (R$ 13,61 bilhões), de acordo com os dados.
Após desempenhos negativos principalmente no primeiro semestre, motivado pela redução no apetite de compras do principal destino da proteína brasileira, a China, os embarques reagiram no fim do ano passado.
Segundo a ABPA, as vendas externas de suínos do Brasil somaram 102,8 mil toneladas em dezembro, volume 14,6% superior ao registrado um ano antes, com receita 32,5% maior.
Somente a China importou 53,5 mil toneladas em dezembro, volume 79,6% maior que o realizado no mesmo período de 2021.
O resultado das exportações de carne suína em 2022 veio dentro das expectativas da entidade, divulgadas em dezembro.
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, destacou em nota hoje (9) que a média mensal de exportações em volume no segundo semestre de 2022 é a maior da história, e contribuiu para que os embarques do ano alcançassem números ainda próximos ao registrado em 2021 –ano de recorde histórico para o setor– apesar de menores.
“As vendas mensais registradas desde julho até dezembro se estabeleceram em média acima de 100 mil toneladas, algo inédito para o setor, que recuperou o desempenho visto no primeiro semestre, com média de 85 mil toneladas”, disse ele.
Santin ressaltou ainda que as divisas geradas com os embarques reduziram a pressão vinda dos atuais patamares de custos de produção, considerados elevados.