Os agricultores argentinos venderam 80,4% da soja da safra 2021/22 até a semana passada, cuja produção foi de 44 milhões de toneladas, volume pouco atrás dos 81% que haviam sido registrados na mesma data da temporada anterior, informou a secretaria de Agricultura do país.
Entre 29 de dezembro e 4 de janeiro, os produtores da Argentina – maior exportadora mundial de subprodutos da oleaginosa – venderam 142,5 mil toneladas de soja, um dos menores números semanais registrados nos últimos meses.
O número foi registrado depois que um diferencial de preço em dólar mais lucrativo para os produtores de soja na Argentina prevaleceu em dezembro. Isso ajudou a estimular as negociações de agroexportadores e fortalecer as reservas do Banco Central (BCRA).
Em relação ao milho da safra 21/22, 75,9% dos 59 milhões de toneladas colhidos já foram comercializados, segundo o último balanço oficial divulgado na terça-feira (10). Este dado está abaixo dos 78,1% que haviam sido vendidos na mesma época durante o ciclo 20/21.
A semeadura do milho para o ciclo 2022/23 começou em setembro no sul do país, terceiro maior exportador do cereal, onde a primavera, a mais seca dos últimos 35 anos segundo a Bolsa de Comércio de Rosário, afetou o desenvolvimento dos grãos semeados.
Em relação ao trigo, até a semana passada foram vendidos 6,7 milhões de toneladas da safra 2022/23, o que representa 50% da produção total prevista.
Com a estiagem, o governo estimou que a safra 22/23 de trigo seria de apenas 13,4 milhões de toneladas. No entanto, de acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC), a falta de água se dissipará com o avanço do verão austral.