O Grupo Vittia, empresa de biotecnologias para o agro, anunciou hoje (14), a compra da agtech Agro21 Soluções Aéreas e Agronômicas, especializada em aplicação aérea via drones de macrobiológicos. O valor da operação não foi divulgado. O grupo, que tem como presidente Wilson Romanini, 53 anos, em 2021 chegou a uma receita líquida de R$ 779 milhões.
A startup Agro21 foi criada em 2019, no município de Cravinhos, a 100 km da sede da Vittia. A startup de prestação de serviços de agricultura de precisão tem foco na liberação de agentes macrobiológicos por meio de drones. Seguindo o modelo de atuação da Vittia em outras aquisições, o fundador da Agro21, Anderson Gallo de Sá, permanecerá na operação da empresa como sócio minoritário.
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A Vittia é dona de três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, mais duas em Minas Gerais, em Paraopeba e Patos de Minas Gerais, para a produção de insetos predadores e parasitoides destinados a programa de manejo de pragas em culturas agrícolas e florestais, além dos macrobiológicos. Em uma entrevista concedida à Forbes em setembro do ano passado, Romanini disse: “A evolução desses produtos está tão grande que já tiramos lavouras com 100% de biológico produzindo mais do que com os insumos químicos.” A estimativa desse mercado para 2026 é deu um movimento global da ordem de US$ 18,5 bilhões, e o Brasil pode ser um protagonista.
Para o diretor de macrobiológicos da Vittia, Joan Brigo Fernandes, além mais agilidade, a liberação aérea via drone de biodefensivos macrobiológicos traz ainda outros benefícios ao produtor: “Controlar pragas na cultura sem ligar o pulverizador e preparar uma calda já é realidade. Através do uso conjunto de biodefensivos macrobiológicos com a liberação via drone, o manejo de pragas é mais assertivo, pois os agentes macrobiológicos caçam o alvo e a liberação via drone georreferenciada promove a precisão. Como resultado, o produtor ganha em eficiência e em economia de recursos e de tempo aplicados ao manejo”, explica.
Hoje, a Vittia está finalizando mais uma unidade de produção em Artur Nogueira (SP), uma nova biofábrica para aumentar a oferta de insumos por meio de tecnologias de Indústria 4.0 para organismos biológicos, utilizando ferramentas de robotização e automação industrial, IoT, big data e rastreabilidade. A Vittia entrou no segmento de macrobiológicos em dezembro de 2020, por meio da aquisição da startup JB Biotecnologia. No início de 2022, fez uma parceria exclusiva para desenvolvimento tecnológico com outra startup, a Usina Biológica, para desenvolver novas tecnologias industriais de produção de insetos.