A Raiar Orgânicos, empresa brasileira de proteínas orgânicas, e a holandesa Rabo Foundation, fundação ligada ao banco Rabobank para financiar projetos de impacto na agricultura, firmaram uma parceria para converter pastos degradados em lavouras de soja e milho orgânicos no Brasil. É o primeiro projeto no mundo aprovado com essa finalidade pela fundação, cujo foco é voltado tradicionalmente ao financiamento de capital de giro para o pequeno produtor rural.
A parceria prevê R$ 700 mil a taxas subsidiadas para a Raiar, com carência de dois anos e prazo de quatro anos de pagamento, e contemplará até 40 produtores familiares em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul. Além disso, a Rabo Foundation concedeu um grant de R$ 450 mil à empresa, destinado ao custeio da assistência técnica fornecida pela Raiar a esses produtores. A falta de técnicos de campo é um dos grandes gargalos na produção rural do país.
CVM que cooperação do agro no mercado de capitais
Membros da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) reuniram nesta semana representantes do IPA (Instituto Pensar Agro) e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para a assinatura de um acordo de cooperação sobre fontes de financiamento da agropecuária brasileira com o mercado de capitais, a partir da promoção de estudos, pesquisas e da realização de eventos.
A CVM também informou que assinará um convênio de cooperação com o IBDA (Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio), responsável pelas ações de divulgação e educação de produtores rurais sobre as opções de financiamento e o desenvolvimento dos servidores da CVM sobre temas ligados à área.
Associação Brasileira de Agronegócio completa 30 anos
Hoje (10), a Abag (Associação Brasileira do Agronegócio) completou 30 anos de criação. Ela foi apresentada oficialmente no dia 10 de março de 1993, no auditório Nereu Ramos, do Congresso Nacional, por seu presidente-fundador, Ney Bittencourt de Araújo. Na época, a ABAG era chamada de Associação Brasileira de Agribusiness, cuja denominação foi alterada em 2010.
Fazem parte da entidade fornecedores de insumos, produtores rurais, processadores industriais de alimentos e fibras, traders, distribuidores e núcleos afins das áreas financeira, acadêmica e de comunicação. São associadas empresas como Cargill, Basf, AGCO, Algar, Bayer, Banco do Brasil, Copersucar, Cosan, Corteva, Embrapa, Itaú, JBS, Raízen, entre outras. Além das várias atividades, seu congresso anual é um dos eventos tradicionais na agenda do agro.
Agrotools avança em internacionalização e aquisições
A Agrotools, empresa que atua há duas décadas no agro no setor de tecnologias, reportou um crescimento de 84% em 2022, abrindo espaço em 2023 para a aquisição de empresas complementares, além de parcerias estratégicas. Há também a meta de expandir a sua rede de atuação para outros países da América Latina, Estados Unidos e Europa. Mas a empresa não informou qual foi sua receita.
Atualmente, a Agrotools analisa mais de 4,5 milhões de territórios rurais e monitora R$ 15 bilhões em commodities. Além disso, são mais de R$ 50 bilhões em carteira de financiamento rural que contam com o suporte de ao menos uma das soluções da empresa, compondo cerca de R$ 100 bilhões em operações do agronegócio monitoradas.
“Enxergamos o agro brasileiro com um potencial de crescimento gigantesco”, diz Sergio Rocha, CEO da Agrotools. “Nossa expectativa é a de continuar contribuindo com o desenvolvimento do mercado, com os números que temos atualmente, que são sempre próximos dos três dígitos.” Em sua carteira estão empresas como Nestlè, Carrefour, Agrogalaxy e Itaú.
BP Bunge Bioenergia adere ao Movimento Elas Lideram 2030
A BP Bunge Bioenergia, processadoras de cana-de-açúcar do Brasil, aderiu nesta semana ao “Movimento Elas Lideram 2030”, durante o “Fórum Ambição 2030”, realizado pelo Pacto Global da ONU no Brasil. A iniciativa visa a igualdade de gênero na companhia, por posições de liderança.
“Respeitar a diversidade de raças, gênero, orientação sexual, idade, crenças e pensamentos é fundamental para o desenvolvimento das empresas”, disse Mario Lindenhayn, presidente executivo da companhia. O “Movimento Elas Lideram 2030”, iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global e colaboração da ONU Mulheres, foi criado há cerca de um ano. Ao formalizar o apoio, a BP Bunge se compromete a estabelecer políticas para elevar para 30%, até 2025, a atuação de mulheres nessas funções.
Bayer apresenta Academia de Jovens Líderes
A Bayer uniu-se à Acergs (Associação das Empresas Cerealistas do Estado do Rio Grande do Sul) para lançar, nesta semana, a 1ª edição da Academia de Jovens Líderes Acergs, que busca capacitar uma nova geração para assumir cargos de gestão e liderança no segmento cerealista sul-rio-grandense.
A Bayer espera estimular os jovens a idealizar soluções que enderecem questões relevantes do setor, desenvolvendo a capacidade de gestão de projetos, além de reforçar a importância da atuação dessa geração nas fazendas nas empresas cerealistas do estado. Com duração de 3 meses, o programa terá a participação de cerca de 15 jovens lideranças engajadas nas ações da Acergs “A iniciativa tem o propósito de incentivar a atuação de jovens no agronegócio, capacitando-os sobre temas de inovação e sustentabilidade”, diz Fernando Prudente, diretor de negócios de soja e algodão da Bayer.
Estudo revela profissões que irão atuar com o hidrogênio verde
Um estudo inédito intitulado “Mercado de hidrogênio verde e power to X: demanda por capacitações profissionais”, mapeou profissões para atuar na cadeia de hidrogênio verde (H2V) no Brasil. O levantamento foi apresentado pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em parceria com o projeto H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e é implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, como parte dos esforços de apoiar a expansão do mercado de H2V no país.
Os autores concluíram que os profissionais aptos a atuar na cadeia de hidrogênio verde no Brasil são engenheiros das mais diversas especialidades (mecânica, química, ambiental e de produção), economistas com experiência em planejamento e gestão, especialistas em regulação e legislação, além de profissionais de nível técnico de perfis já consolidados (como eletrotécnica, mecânica, química e outros) que recebam formação específica em H2V.
“O estudo, baseado em experiências internacionais, é fundamental para identificar e validar as demandas no Brasil, ajudando na formação dos profissionais necessários para o desenvolvimento da indústria de Hidrogênio Verde e PtX no país”, afirma Markus Francke, diretor do projeto H2Brasil. Em 2022, o SENAI elaborou o itinerário formativo — percurso de formação dentro de uma área – com cinco cursos, que vão da instalação à operação e manutenção dos sistemas para produção do hidrogênio. No segundo semestre deste ano, será lançada a primeira pós-graduação em Hidrogênio Verde e PtX da rede, pelo Senai Cimate, na Bahia.
Ex-deputado Jerônimo Goergen é o novo presidente da Acebra
O advogado e ex-deputado federal, Jerônimo Goergen, é o novo presidente da Acebra (Associação das Empresas Cerealistas do Brasil) para o biênio 2023-2025. “É um desafio importante. Estou muito preparado, porque no Parlamento sempre defendi o setor produtivo”, afirma Goergen. A entidade possui 135 empresas associadas.
Ele entra no lugar que era ocupado por Flavio Andreo. “Todos os executivos e todos os cerealistas que se engajam na associação vêm fazendo um bom trabalho, mas também com recursos de tempo limitados. Com a vinda do Jerônimo – extremamente influente no cenário nacional -, a ideia é mudar de patamar e conseguirmos uma representatividade muito maior”.
Segundo Andreo, a entidade terá um comitê executivo muito mais atuante “para que consigamos trazer mais valor para o associado e também ter mais impacto no médio e longo prazo para os cerealistas – seja através do acompanhamento de leis, seja através de melhoria do ambiente nos negócios”. A entidade representa empresas que prestam assistência técnica, fornecem insumos, produzem sementes, recepcionam, padronizam, armazenam e comercializam grande parte da safra nacional anual de soja, milho, trigo e pulses.