A Nestlé anunciou hoje (3) que investirá R$ 20 milhões na cadeia produtiva do cacau do Brasil, durante este ano. O objetivo é apoiar o aumento da produtividade dos cerca de 3.500 produtores parceiros da empresa, recrutar novas fazendas produtoras da fruta e investir no aprimoramento de suas práticas sustentáveis. Até 2025, a meta é ter 100% de cacau sustentável destinado ao processamento dos chocolates da marca.
O investimento será destinado às ações do programa NCP (Nestlé Cocoa Plan). Entre elas está aumentar em 50% o número de produtores do programa e o volume de cacau adquirido nas regiões produtoras (Bahia, Pará, Espírito Santo, Tocantins e São Paulo). Até o final do ano, a expectativa é que os produtores do estado de Rondônia também passem a integrar a iniciativa.
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“Estamos em um momento decisivo para acelerar investimentos e garantir uma cadeia sustentável e próspera”, diz Mariana Marcussi, head de marketing de chocolates na Nestlé Brasil. “O cacau é nossa principal matéria prima e como líderes nesta cadeia, temos o compromisso de desenvolvê-la.”
O NCP vai intensificar a capacitação sobre agricultura regenerativa e a produtividade das lavouras de cacau. Entre as iniciativas estão a compostagem do casqueiro, que melhora o solo por meio da utilização de fertilizante orgânico; o manejo integrado de pragas e doenças, que reduz o uso de pesticidas químicos na plantação; a técnica da agrofloresta, que combina o cultivo de árvores, arbustos e outras culturas agrícolas em um mesmo espaço para que haja um aumento da diversidade de plantas e animais na fazenda; a rotação de culturas, que promove o plantio de diferentes tipos em uma mesma área ao longo do tempo; o uso de cobertura vegetal para o plantio; a utilização de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e o atendimento à legislação ambiental e trabalhista.
Criado em 2009, o Nestlé Cocoa Plan reúne produtores, cooperativas e parceiros agrícolas que recebem treinamento sobre as melhores práticas no campo, assistência técnica, além da distribuição de mudas clonadas de maior rendimento. Entre as iniciativas, por exemplo, está o assistente virtual Theo, via chatbot, para suporte aos cacauicultores, respondendo dúvidas técnicas, previsões climáticas, preço médio do cacau e entre outras. A empresa paga um valor maior do que o praticado pelo mercado pelo cacau sustentável dessas propriedades.