A comercialização da safra de soja de Mato Grosso 2022/23 atingiu 72,09% do total já colhido, alta de cerca de seis pontos percentuais na comparação com o levantamento de maio, mas ainda tem atraso ante a média de cinco anos para esta época (85,43%), de acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na última segunda-feira (12).
Segundo o instituto ligado aos agricultores, o avanço nas vendas foi pautado “pela necessidade de alguns produtores em fazer caixa e abrir espaço nos armazéns”, diante de um déficit de capacidade nos silos para grãos e da colheita de milho, que deve ganhar ritmo nas próximas semanas.
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“A evolução no ritmo das vendas só não foi maior devido ao recuo mensal de 5,91% no preço da soja, que fechou com média de 112,59 reais/saca no Estado”, apontou o Imea.
O Imea relatou ainda que a comercialização antecipada da safra de soja 2023/24, que será plantada a partir de meados de setembro, atingiu 12,09% do total previsto, ante 9,45% na estimativa de maio. Também há atraso na comparação com a média histórica para época, de 27,86%, para as vendas da safra futura.
“Com o preço futuro da soja caindo em Chicago e as incertezas quanto ao pacote tecnológico e à produção para a próxima safra, o produtor tem ficado retraído do mercado”, notou o Imea, citando que o valor médio da comercialização apresentou queda mensal de 9,80% para vendas antecipadas.
A comercialização da produção atual de milho do Estado, o maior produtor de grãos do Brasil, atingiu 44,61% do total, ante 38,65% na estimativa de maio e 72% na média de cinco anos, segundo dados do Imea.