Os preços do cacau, matéria-prima para fabricação de chocolate, subiram para o nível mais alto em mais de 12 anos em Nova York nesta terça-feira (18), apenas algumas semanas depois que seus preços saltaram para o nível mais alto em 46 anos em Londres, conforme comerciantes e produtores de chocolate enfrentam suprimentos restritos.
O contrato de referência do cacau em Nova York subiu para 3.429 dólares por tonelada no início do pregão, o mais alto desde meados de março de 2011, fechando mais tarde a 3.407 dólares, com alta de 1,4%.
Atualmente, o cacau está entre as commodities agrícolas mais quentes, principalmente devido a uma queda incomum na produção na parte ocidental da África, região que fornece a maior parte da matéria-prima para fabricantes de chocolate em todo o mundo, e diante de perspectiva de possíveis condições climáticas negativas no futuro.
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Gana e Costa do Marfim, assim como Nigéria e Camarões, estão localizados em uma das áreas que, segundo analistas, pode sofrer com um clima mais seco do que o normal durante vários meses devido ao padrão El Niño que está em desenvolvimento.
“A produção de cacau é geralmente mais fraca em um ano de El Niño. Não sabemos quão forte será o atual El Niño, mas os analistas dizem que provavelmente será forte”, disse Paul Joules, analista de cacau do Rabobank.
O cacau em Londres subiu 18 libras, ou 0,7%, a 2.532 libras por tonelada.
Entre outras commodities, o açúcar bruto fechou em alta de 0,3%, a 23,86 centavos de dólar por libra.
O café arábica subiu 0,3%, para 1,563 dólar por libra, enquanto o café robusta caiu 20 dólares, ou 0,8%, para 2.532 dólares a tonelada.