O fenômeno climático El Niño, que provoca chuvas no sul e seca no norte, está confirmado após os últimos dados sobre o aquecimento das águas do Pacífico Equatorial. Diante disso, como ficam os cuidados com os animais? E quais antecipações são feitas pelos pecuaristas?
Estar atento aos fenômenos da natureza é uma rotina do produtor rural, que tem sua indústria a céu aberto. Isso também é uma realidade para o pecuarista que considera os princípios do bem-estar animal, especialmente a parte do ambiente e nutrição.
Apesar das chuvas que se prolongaram esse ano, já sabemos que enfrentaremos um período de seca no Brasil central e norte. Para isso, precisamos dimensionar todo nosso estoque de alimentos, que está sabe onde? No pasto.
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A gente percorre toda a fazenda, calcula quanto capim presente aguentará para alimentar os animais por até 135 dias. Tudo isso é calculado, pois se abusarmos do pasto, matamos nosso negócio. Os animais ficam magros e o solo degradado. É como um jogo de xadrez.
Por outro lado, ainda temos a preocupação com o ambiente para proporcionar conforto e segurança aos animais. Todo ano existe essa preocupação, mas ela nunca é igual. Cada ano é único devido aos fenômenos particulares, que interferem neste organismo vivo chamado propriedade rural.
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* Carmen Perez é pecuarista e entusiasta das práticas do bem-estar animal na produção animal. Há 14 anos, trabalha intensivamente a pesquisa na fazenda Orvalho das Flores, no centro-oeste do Brasil, juntamente com o Grupo Etco, da Unesp de Jaboticabal e universidades internacionais. Foi presidente do Núcleo Feminino do Agronegócio (NFA) em 2017/2018.
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