A produção de açúcar do centro-sul do Brasil somou 3,46 milhões de toneladas na segunda quinzena de agosto, aumento de 9,95% ante o mesmo período do ano passado, com as usinas destinando mais da metade da cana processada para a fabricação do adoçante, informou nesta quarta-feira a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).
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A produção de açúcar ficou praticamente em linha com o estimado em uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights, que apontava 3,44 milhões de toneladas. O volume ficou um pouco abaixo do recorde quinzenal registrado na segunda quinzena de julho, de 3,68 milhões de toneladas.
Já a moagem de cana da principal região produtora do país atingiu 46,5 milhões de toneladas no período, alta de 5,22% na mesma comparação, à medida que o setor registra maiores produtividades na temporada atual, enquanto o mix de cana para o açúcar subiu para 50,73%, versus 48,45% no mesmo período da safra passada.
No acumulado da safra 2023/24 desde 1º de abril, a fabricação do açúcar totalizou 26,15 milhões de toneladas, aumento de 20%, enquanto a commodity registra maior rentabilidade que o etanol.
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A moagem de cana no acumulado da safra totalizou 406,64 milhões de toneladas, avanço de 10,9%.
Etanol mais competitivo
O setor produziu na segunda metade de agosto 2,31 bilhões de litros de etanol, alta de 2,17%, sendo que o combustível hidratado alcançou 1,42 bilhão de litros (+8,13%), enquanto o anidro totalizou 889,73 milhões de litros (-6,08%).
No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de setembro, a fabricação do biocombustível totaliza 19,10 bilhões de litros (+6,26%), sendo 11,17 bilhões de hidratado (+1,61%) e 7,92 bilhões de anidro (+13,60%).
Da produção total de etanol registrada na segunda quinzena de agosto, 10% tem o milho como matéria-prima. No acumulado desde o início da safra, a produção a partir do cereal atingiu 2,47 bilhões de litros, salto 46,28%.
No mês de agosto, as vendas de etanol totalizaram 2,95 bilhões de litros, alta de 9,14% em relação ao mesmo período da safra 22/23, com o volume de anidro no período somando 1,15 bilhão de litros (-5%), enquanto o hidratado registrou venda de 1,80 bilhão de litros, aumento de 20,57%.
Os maiores volumes de hidratado, usado diretamente nos carros flex, seguiram a tendência ascendente iniciada na primeira metade do mês, disse a Unica.
Isso aconteceu porque a gasolina vem perdendo competitividade em mais Estados do país após reajuste de preços da Petrobras e uma alta do petróleo.