Se as novas projeções forem confirmadas, a produção de soja do Brasil, maior produtor e exportador global, ainda cresceria 1% na comparação com a safra anterior
A safra de soja do Brasil em 2024 foi estimada em recorde de 160,3 milhões de toneladas, ainda que abaixo das projeções anteriores por conta do impacto do clima seco e quente nas lavouras, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (22) pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).
A associação que representa as principais tradings e processadoras reduziu em 1,6 milhão de toneladas seus números ante a projeção do início do mês, diante de problemas climáticos em partes do país, incluindo o Mato Grosso, e também cortou a expectativa de exportação no ano que vem para menos de 100 milhões de toneladas, versus 100,2 milhões na estimativa prévia.
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Se as novas projeções forem confirmadas ao longo de 2024, a produção de soja do Brasil, maior produtor e exportador global, ainda cresceria 1% na comparação com safra anterior, em meio a um aumento da área plantada, enquanto a exportação cairia 2,16% ante a máxima histórica prevista para 2023, agora estimada em 101,5 milhões de toneladas.
Já o processamento de soja foi mantido estável em 54,5 milhões de toneladas, mesmo após decisão desta semana do governo brasileiro de elevar a mistura de biodiesel no diesel a partir de março do ano que vem, de 12% para 14%. A oleaginosa representa cerca de 70% da matéria-prima do biocombustível.
Em relação a 2023, o processamento de soja está previsto para crescer 1,68%.
Por outro lado, a Abiove elevou a previsão para o consumo interno de óleo de soja no Brasil em 2024 para 9,45 milhões de toneladas, ante 9,2 milhões na previsão anterior, e reduziu as exportações para 1,45 milhão de toneladas, versus 1,6 milhão anteriormente. Nas vendas externas, o novo numero indica queda anual de 900 mil toneladas.
A Abiove considera que parte do óleo de soja que seria exportado vai ser destinado ao mercado interno, para atender a demanda maior de biodiesel. No comparativo anual, o consumo total de óleo no Brasil vai crescer 850 mil toneladas em 2024 na comparação com 2023.
A Abiove manteve as projeções de fabricação de óleo e de farelo de soja em 11 milhões e 41,7 milhões de toneladas, respectivamente, na comparação com a estimativa do início do mês.
Em 2023, a produção de óleo de soja está estimada em 10,8 milhões de toneladas, enquanto a de farelo, em 41 milhões de toneladas.
