A safra de soja do Paraná 2023/24 foi estimada nesta quinta-feira (29) em 18,2 milhões de toneladas, redução de cerca de 1 milhão de toneladas na comparação com a previsão do levantamento do mês anterior, apontou o Departamento de Economia Rural (Deral).
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Já com a colheita tendo sido realizada em mais da metade da área, o Deral agora estima que a safra do Paraná, um dos principais produtores da oleaginosa do Brasil, terá queda de 19% ante o recorde de 22,47 milhões de toneladas do ciclo anterior.
Considerando a expectativa inicial de produção, a perda ocorrida por conta do clima quente e seco para a soja do Paraná, até este momento, é estimada em 3,6 milhões de toneladas, disse o especialista do Deral Edmar Gervásio.
“Inicialmente, em condições normais, era esperado uma produção de 21,8 milhões de toneladas, contudo o clima adverso, especialmente o calor intenso e estiagem, reduziram a produção no campo”, afirmou ele.
Mesmo com as perdas, esta safra é ainda uma das maiores que o Paraná vai colher, ficando na sétima posição, acrescentou.
Com a colheita em estágio avançado, ele disse que a partir de agora não deve haver “mudanças tão significativas” nos números de safra. “Entretanto, o viés é negativo, ou seja, a tendência é que o número seja revisado para baixo e não para cima.”
Segundo o especialista, a partir da segunda quinzena de janeiro o clima se tornou mais regular no Paraná, “e podemos dizer que estancou as perdas”.
Milho
Gervásio destacou que a previsão para a segunda safra de milho do Paraná, a principal colheita do cereal do Estado, foi revisada ligeiramente para cima, a 14,63 milhões de toneladas.
Segundo ele, o plantio está se desenvolvendo bem e o clima está favorável.
“A expectativa aumentou para 14,6 milhões, pela revisão a mais de área”, disse.
Agora o Deral projeta aumento de 1% na área plantada com a segunda safra, para 2,4 milhões de hectares, em relação à temporada passada.
Já a produção, se os números se confirmarem, deverá crescer 3% na comparação anual.
No caso do milho primeira safra, a estimativa ficou praticamente estável, a 2,59 milhões de toneladas, o que significa uma queda de 33% na comparação anual.
O Deral deverá divulgar sua primeira estimativa para a safra de trigo de 2024 no próximo mês.