As chuvas que atingiram algumas regiões produtoras de soja no Rio Grande do Sul adicionaram atrasos à colheita, que já estava atrás em comparação com a mesma época do ano passado e da média histórica por conta de um plantio mais tardio, indicaram nesta quinta-feira (21) dados da Emater-RS (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural).
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Segundo o órgão de assistência técnica ligado ao governo gaúcho, os agricultores do estado, que deverá ser o segundo produtor de soja do Brasil na temporada 2023/24, tinham colhido até hoje 3% da área total, avanço de apenas 2% na comparação com a semana anterior.
No ano passado, na mesma época, eles tinham colhido 12% da área, enquanto a média histórica para a época é de 19%.
“No período compreendido entre os dias 15 e 17 de março, ocorreram chuvas intensas, principalmente nas regiões a oeste do Estado. Nessas áreas, a continuidade das atividades de colheita e os tratamentos fitossanitários foram interrompidos devido ao excesso de umidade”, afirmou a Emater.
Segundo o órgão, algumas lavouras apresentaram danos por erosão em razão dos grandes volumes precipitados.
“Na região da Campanha, as precipitações foram menos intensas, porém ainda significativas, superando 35 milímetros, o que foi crucial para mitigar os efeitos da estiagem em municípios que estavam há quase 60 dias sem chuvas expressivas”, afirmou.
A fase predominante da lavoura de soja atualmente é a do enchimento de grãos, atingindo 59%, enquanto a maturação ocupa 27%.
“Os rendimentos iniciais das lavouras precoces variaram de 1,5 tonelada por hectare — regiões com menor produtividade e chuvas insuficientes — a 4,8 mil toneladas por hectare – Campos de Cima da Serra, onde as chuvas foram mais frequentes”, afirmou.
A Emater estima a área cultivada no estado em 6,6 milhões de hectares. A produtividade projetada é de 3,3 toneladas por hectare.