Os Estados Unidos deverão importar no atual ano-safra (outubro-setembro) a maior quantidade de açúcar com impostos mais elevados em pelo menos seis anos, devido principalmente à queda da oferta do parceiro comercial México, disse a corretora Czarnikow em um relatório nesta sexta-feira (22).
-
Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
- Siga a ForbesAgro no Instagram
Estima-se que os EUA importem em 2023/24 cerca de 750 mil toneladas métricas de açúcar que serão taxadas no nível mais alto de tarifas de importação: US$ 360 dólares por tonelada, ou 16,33 centavos de dólar por libra-peso, disse a Czarnikow.
Esse tipo de importação mantém os preços do açúcar ao consumidor no país muito altos, quase o dobro da referência internacional.
O governo dos EUA tem programas de importação de açúcar mais barato com tarifas mais baixas, mas não tem conseguido cumpri-los devido ao fornecimento limitado nos países que detêm cotas.
“A quantidade de açúcar com tarifas elevadas que entra nos EUA dobrou nos últimos cinco anos e esperamos que essa tendência continue”, disse Czarnikow.
Os EUA importam cerca de um terço de suas necessidades de açúcar. O México é o maior fornecedor, devido aos termos comerciais preferenciais. Mas o país produziu menos, deixando de usar toda a sua cota.
“O México está enfrentando uma segunda safra ruim consecutiva de açúcar”, disse o relatório, acrescentando que o país, que normalmente produz cerca de 6 milhões de toneladas por ano, produziu apenas 5 milhões de toneladas de açúcar em 2022/23 e provavelmente produzirá 4,7 milhões de toneladas em 2023/24, uma mínima de 10 anos.