A Cargill anunciou nesta segunda-feira (15) uma nova parceria com a empresa agropecuária mineira Algar Farming para promover a restauração de três mil hectares de área produtiva por meio do plantio de cacau.
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O projeto será realizado na fazenda Pacajá, localizada no Pará. A propriedade possui uma área total de 145 mil hectares, sendo 142 mil hectares mantidos como floresta nativa. A iniciativa envolve, portanto, três mil hectares que anteriormente eram destinados à pastagem — e agora será restaurada utilizando modelos regenerativos como os sistemas agroflorestais.
Na primeira fase, que será implementada entre 2024 e início de 2025, serão plantados 100 hectares de cacau para definição do modelo ideal de preparação para a curva do plantio nos anos seguintes. Ao todo, serão 2,5 mil hectares de cacau e 450 hectares de floresta harmonizada com o ambiente, para promover corredores ecológicos e gerar um impacto ambiental positivo nas paisagens.
O fruto será produzido em larga escala, sendo de uma espécie nativa da região amazônica, com vistas a expandir a produção de cacau na região e difundir o modelo de plantio sustentável. A expectativa é que a parceria resulte na produção de cinco mil toneladas de cacau por ano. Ao longo da parceria, a Cargill oferecerá consultoria técnica, atuando como facilitadora de crédito e garantindo a compra do cacau.
“Com uma parceria de mais de dez anos, a Cargill e a Algar Farming estão juntas novamente em mais um projeto de grande relevância, tanto para o segmento cacaueiro quanto para o agronegócio nacional. Acreditamos que a restauração com cacau em áreas de pastagem degradada é um modelo com fortes benefícios ambientais e produtivos, e parcerias como essa são especialmente relevantes porque potencializam a cultura no Brasil, contribuindo para a autossuficiência nacional”, destaca Laerte Moraes, diretor-geral de food solutions da Cargill na América do Sul.
Parte investidora da iniciativa, a Algar Farming já atua no manejo sustentável de florestas e essa parceria representa mais uma oportunidade de geração de valor para o negócio.
“Esse projeto possui vários aspectos que estão alinhados com a nossa estratégia, sendo o primeiro deles a diversificação do portfólio, passando a ser mais um negócio dentro da Algar Farming, de acordo com a nossa busca para trazer produtos com fundamentos de mercado diferentes do que os que já produzimos. O segundo é investir em uma cultura que está totalmente conectada com o ambiente da Amazônia. Outro ponto interessante é que essa é uma produção de alto valor agregado, com entregas elevadas em termos de receita e resultado, principalmente em uma área pequena, tendo em vista que o Brasil ainda é importador de cacau. Com a Cargill como parceira, asseguramos o nosso canal de vendas com um parceiro comprador e que também nos apoia tecnicamente”, avalia Marlos Alves, CEO da Algar Farming.