O grupo brasileiro Diax emitiu R$ 1,2 bilhão em Cédulas de Produto Rural (CPRs) relacionadas às atividades de conservação e recuperação de florestas nativas da Amazônia, com potencial para compensar o equivalente a 9 milhões de toneladas de carbono, informou nesta segunda-feira o escritório Souza Barquette Advogados, que realizou o registro da operação na bolsa B3.
A emissão de “CPR Verde” pela empresa de investimentos e tecnologia foi lastreada em uma área de vegetação nativa de aproximadamente 20 mil hectares, adquirida pelo grupo na região de Novo Aripuanã (AM), com o intuito de negociar créditos de carbono e estimular a governança socioambiental corporativa.
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Por meio da aquisição da “CPR Verde“, empresas de todo o mundo podem participar com o projeto conservacionista Green Guardians, conduzido pelo Diax com o propósito de salvaguardar o meio ambiente e fomentar vantagens sociais e econômicas para as comunidades locais.
“Esse é um dos maiores projetos existentes até hoje e, com a viabilidade jurídica, abrimos ao mercado a possibilidade de qualquer empresa realizar a compensação das emissões de carbono por meio da aquisição das CPRs Verdes”, disse o advogado Vinícius Souza Barquette, especialista em agronegócio, em nota antecipada à Reuters.
Segundo ele, a viabilização jurídica do registro das “CPRs Verdes” na B3 cria uma opção para companhias interessadas em compensar suas emissões.
“Ainda não temos um espaço para as empresas realizarem essas aquisições, mas, agora, há a possibilidade de se obter uma CPR registrada que permite a compensação das emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa)…”, acrescentou o advogado, sócio do Souza Barquette Advogados.
O valor que as empresas investirão tem relação com a quantidade de toneladas de carbono que almejam sequestrar da atmosfera. O valor de cada tonelada de CO2 foi definido em R$ 130,60.
Um laudo técnico emitido pela certificadora CO2 Florestal Engenharia e Projetos Ambientais atesta o potencial de sequestro de carbono na área.