Pétalas voando ligeiras sobre um bolo em flor, uma “Última Ceia” apenas com mulheres, sobremesas apetitosas e refeições alegres ao redor do mundo estão entre as imagens deliciosamente evocativas que venceram o célebre concurso Pink Lady Food Photographer of the Year 2024.
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A bela e assustadora imagem Red Bean Paste Balls, tirada pelo fotógrafo chinês Zhonghua Yang, na área rural de Xiangshan, Zhejiang, durante os preparativos para um banquete no Festival da Primavera, ganhou o prêmio geral da principal competição do mundo que celebra a fotografia de alimentos e imagens.
O vencedor geral do prêmio Fotógrafo de Alimentos do Ano de 2024 – uma mulher entrando em uma sala para adicionar sua última criação a uma montanha de dim sum fumegante – foi homenageado com um prêmio de 5.000 liras (R$ 838 mil na cotação atual).
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“Esta imagem maravilhosa e perfeitamente equilibrada está cheia de luz, sombra, mistério e pungência”, disse Caroline Kenyon, fundadora do Pink Lady Food Photographer of the Year. “É claro que uma festa comemorativa está sendo preparada. A comida é primorosamente confeccionada, as suas formas circulares contrastam com a angularidade das telas reticuladas, por meio das quais a luz penetra. Enquanto isso, a mulher que preparou a comida, cansada, traz mais uma bandeja. Seu papel é trabalhar e servir, enquanto os convidados festejam e se divertem”, diz ela.
Os vencedores das 36 categorias escolhidas entre milhares de inscrições enviadas de mais de 65 países foram anunciados em uma cerimônia de premiação que reuniu estrelas do mundo da culinária e das artes em Londres.
“Apesar dos desafios de um mundo em constante mudança, nunca paramos de crescer, reunir, cozinhar, comer e celebrar com comida”, afirma Phil Turnbull, Ceo da APAL, proprietária da Pink Lady e principal patrocinador dos prêmios. “A cada ano, as notáveis fotografias servem como um lembrete do papel fundamental da alimentação em todas as culturas e em todos os povos do mundo”, disse Turnbull.
Veja a galeria online de todos os finalistas de 2024 aqui.
A grande vencedora
Na área rural de Xiangshan, Zhejiang, na China, as pessoas estão ocupadas com os preparativos para a festa do Festival da Primavera, também conhecido como Ano Novo Lunar. Isto inclui a tradição de fazer dim sum, como bolinhos de feijão vermelho, bolos de arroz cozido no vapor e bolo de arroz glutinoso, cada um deles com um legado de artesanato tradicional.
O deslumbrante Último Verão Feminino, de Julllianne Medeiros Domingos, da Espanha, mostra tanto o poder do universo quanto a criatividade feminina.
Um pescador birmanês tenta pescar em uma floresta de mangue. Os raios de sol da manhã transmitem magia à atmosfera.
Fotografado no condado de Licheng, província de Shanxi, na China, a fazenda oferece uma colheita abundante de grãos, como o milho da imagem, e bananas. Idosos e crianças almoçam juntos, rindo.
Buri é o nome japonês para o peixe Seriola quinqueradiata, conhecido em inglês como ‘yellowtail’. Durante séculos, os pescadores cortaram buri em filés, salgaram e secaram o peixe durante cerca de 10 dias. Para depois, finalmente envolver o pescado em folhas e longas cordas de palha de arroz antes de pendurá-los em frente às suas casas, expostos à brisa do mar.
Criar esta imagem como símbolo da tão esperada primavera foi uma alegria pura. As laranjas sanguíneas são incríveis por sua textura, cor e brilho, todos capturados aqui, explica o autor da foto.
As castanhas simbolizam a colheita do outono, segundo a fotógrafa Tailai O’Brien. “Na nossa família, com fortes raízes celtas, são consideradas guardiãs dos homens e dos animais. O antigo torrador de castanhas é uma herança de família e remete à nossa herança agrícola. A pomba com crista simboliza harmonia e virilidade. As castanhas são altamente nutritivas e um alimento delicioso para celebrações”, diz ela.
Paul Dodd criou um cenário apresentando todos os ingredientes dos coquetéis vendidos em um bar na Austrália.
Os Brokpas são um pequeno grupo étnico que vive principalmente no território de Ladakh, na Índia. Os Brokpas tradicionalmente afirmam ser descendentes do exército perdido de Alexandre. A dieta Brokpa é baseada em cevada e trigo cultivados localmente, preparados na maioria das vezes como tsampa (farinha torrada) e Gur-Gur Cha, uma infusão de chá preto, manteiga e sal.
Duas mulheres tomam sorvete no Festival Pujllay em Tarabuco, Bolívia.
Este atraente coquetel de outono apresenta suco de abóbora e xarope de bordo.
Todas as noites, Ayesha prepara sozinha pacotes de “doces havaianos”. No dia seguinte, às seis da manhã, ela e a filha Hanufa caminham por ruas e escolas primárias da sua aldeia no Bangladesh para vender os doces. Elas ganham cerca de 300 taka por dia (cerca de R$ 14). Com esses ganhos, Ayesha, de alguma forma, sustenta sua família e seus negócios.
No início da temporada de arroz, um jovem agricultor caminha pela plantação, carregando uma vara de brotos de arroz. O cultivo fica na província de Sakon Nakhon, na Tailândia.
À medida que o sol desce graciosamente no horizonte, lançando um brilho dourado, mágico e etéreo, uma mulher tribal pratica a antiga tradição de debulhar grãos de arroz no pátio de sua casa com movimentos rítmicos, jogando ao ar, habilmente, o cereal colhido.
Os barcos se espalham por um trecho do lago, criando um mercado flutuante que vende uma variedade de frutas frescas. Este é um mercado de frutas da estação, como jaca, abacaxi e manga, em Rangamati, Bangladesh. Os agricultores tribais vendem seus produtos todas as manhãs a um preço mínimo no atacado.
*Cecilia Rodriguez, colaboradora da Forbes EUA, é jornalista freelancer colombiana e luxemburguesa. Colabora com El Tiempo, o principal jornal da Colômbia, e já foi colunista Wall Street Journal, Chicago Tribune e Toronto Globe & Mail. É viajante inveterada e escritora residente em Luxemburgo