As empresas avícolas dos Estados Unidos poderão ser obrigadas a ajustar a forma como pagam seus produtores de frango, de acordo com uma regra proposta pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos nesta segunda-feira (3).
-
Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
- Siga a ForbesAgro no Instagram
A regra é a terceira proposta pela administração do presidente Joe Biden para aumentar a concorrência no setor de frigoríficos, onde quatro empresas controlam entre 55% e 85% dos mercados de bovinos, suínos e frangos.
De acordo com a regra, os criadores de frangos não poderão mais ter sua remuneração base reduzida em função da comparação de seus rebanhos com os de seus pares, e receberão mais informações para avaliar os riscos associados às melhorias solicitadas pelas empresas avícolas.
Geralmente, os avicultores contratados por empresas como a Tyson Foods e a Pilgrim’s Pride são pagos em um sistema que vincula sua remuneração ao desempenho — como o peso dos frangos ou a taxa de mortalidade — em relação a outros avicultores. Em geral, os produtores também são responsáveis pelos custos de melhorias em suas granjas de frangos.
“Os produtores me procuraram e demonstraram profunda preocupação com a forma como estavam sendo tratados e lidando com esse sistema de competição”, disse o secretário de Agricultura, Tom Vilsack, em uma conversa com jornalistas.
A agência já havia finalizado uma regra para aumentar a transparência entre criadores e processadores de frangos e outra para proibir a retaliação contra criadores de frangos por denúncia ou participação em associações.
O USDA espera lançar mais regras sobre a concorrência no setor pecuário nos próximos meses, disse Vilsack.
A regra proposta anunciada na segunda-feira estará aberta a comentários públicos por 60 dias.