As vendas de grãos pelos agricultores têm sido muito lentas na Argentina e oportunísticas no Brasil devido aos preços baixos, disse nesta quarta-feira (31), o CEO da Bunge, Greg Heckman, após a trading e processadora global apontar resultados abaixo das expectativas de Wall Street no segundo trimestre.
Por outro lado, a Bunge considera que as vendas dos agricultores norte-americanos aumentarão à medida que as safras dos EUA se desenvolvem, já que as condições climáticas das lavouras parecem boas na América do Norte.
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Os amplos suprimentos globais de soja e milho estão mantendo os preços das safras perto das mínimas de quatro anos e desencorajando os agricultores a vender suas colheitas, pressionando os comerciantes globais e os processadores de oleaginosas.
A empresa registrou um lucro ajustado de 1,73 dólar por ação no trimestre, em comparação com as estimativas dos analistas de 1,80 dólar por ação, de acordo com dados da LSEG.
O negócio de processamento da companhia foi prejudicado por resultados mais baixos nas Américas do Norte e do Sul e na Ásia, enquanto na Europa a situação foi melhor.
Segundo Heckman, a companhia viu as margens de esmagamento de soja melhorarem no final do segundo trimestre.
O executivo disse ainda que a Bunge já tem grande parte das aprovações necessárias para transação com a Viterra, e que espera fechar o negócio nos próximos meses.
A Bunge está trabalhando com governos da UE, Canadá, China e algumas outras jurisdições sobre o acordo com Viterra.
Vendas no trimestre
O lucro da Bunge ficou abaixo das expectativas de Wall Street no segundo trimestre, uma vez que a comerciante e processadora de grãos foi prejudicada por margens menores de esmagamento de soja, segundo relatou a empresa nesta quarta-feira.
O contrato de soja mais ativo na bolsa de Chicago (CBoT) caiu quase 7% no segundo trimestre, prejudicando as margens de tradings como a Bunge.
As vendas líquidas no segmento de agronegócio, sua principal divisão em receita e volume, caíram para US$ 9,66 bilhões (R$ 54,58 bilhões, na cotação atual) no trimestre entre abril e junho, em comparação com US$ 10,88 bilhões no ano anterior. Ainda assim, a Bunge aumentou sua previsão de lucro ajustado para o ano inteiro para US$ 9,25 por ação, de US$ 9,00 por ação.
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Para o trimestre passado, a empresa sediada em Chesterfield, Missouri, registrou um lucro ajustado de US$ 1,73 por ação no trimestre. As estimativas dos analistas era de US$ 1,80 por ação, de acordo com dados da LSEG.
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