A safra de cana-de-açúcar do Brasil foi estimada nesta quinta-feira (22) em 689,83 milhões de toneladas em 2024/25, leve alta de 0,6% na comparação com a previsão de abril, segundo relatório da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), apesar do tempo seco que tem gerado preocupações sobre o tamanho da moagem do centro-sul.
Se a nova previsão se confirmar, a produção de cana do maior produtor e exportador global de açúcar deverá cair 3,3% frente ao recorde do ciclo passado, mas ainda será a segunda maior da história.
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Segundo a estatal, a elevação da projeção decorre de melhores condições climáticas no Nordeste, enquanto no centro-sul os baixos índices pluviométricos, aliados às altas temperaturas, devem reduzir a produção em relação à safra passada.
A produção de cana no centro-sul foi estimada em 626,17 milhões de toneladas, com leve aumento ante as 625,4 milhões de toneladas da previsão de abril. Na comparação com a safra passada, a queda será de 4,1% para essa região.
“Apesar da redução devido a condições climáticas desfavoráveis na região centro-sul, os investimentos do setor, como renovação das lavouras, permitem assegurar uma boa produtividade”, disse a Conab no relatório.
A safra da região Norte-Nordeste foi estimada em agora em 63,7 milhões de toneladas, aumento de mais de 3 milhões de toneladas ante o previsto em abril e com alta anual de 5,4%.
Já a produção de açúcar do Brasil foi estimada em 46 milhões de toneladas em 2024/25, uma redução de 290 mil toneladas frente ao projetado em abril.
O novo volume estimado ainda representa um recorde histórico de produção do adoçante, com crescimento de 0,7% frente ao obtido na safra anterior.
“O mercado continua favorável ao adoçante (em detrimento do etanol), e explica a safra recorde de açúcar”, disse a Conab.
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Já a produção de etanol (de cana e milho) do Brasil deverá cair 0,6% em relação à safra anterior, para 35,4 bilhões de litros, sendo 33,2 bilhões de litros no centro-sul.
A queda na produção de etanol será limitada pelo aumento de 17,3% na fabricação do biocombustível de milho, “já correspondendo a cerca de 20%” do total produzido no país.