O Morgan Stanley reduziu suas expectativas de redução de emissões de seu portfólio de empréstimos corporativos, já que o mundo está se movendo muito lentamente em direção a uma economia mais verde, disse a diretora de sustentabilidade do banco à Reuters.
Desaceleração nas vendas de veículos elétricos, adoção lenta de biocombustíveis na aviação e obstáculos de financiamento e políticas no setor de energia são só alguns dos fatores que dificultam o progresso, disse Jessica Alsford.
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Enquanto bancos como o holandês ING reduzem empréstimos para certos clientes, por exemplo, do setor de petróleo e gás, o Morgan Stanley disse em relatório que está atento para não fazer isso de forma muito rápida.
No entanto, a menos que o ritmo das mudanças se acelere, seus clientes e a própria instituição “podem não atender às metas alinhadas ao net-zero”, acrescentou.
Nesse contexto, a abordagem de empréstimos do banco agora visa estar alinhada ao limite de aquecimento global de 1,5 a 1,7 grau Celsius, suavizando uma meta anterior de 1,5 grau, na primeira grande atualização climática do banco em três anos.
“As tecnologias atuais, as políticas atuais não estão totalmente alinhadas com 1,5 grau, e ao ter esse intervalo de 1,5 a 1,7, estamos reconhecendo os desafios que a economia global enfrenta e, ao mesmo tempo, estamos alinhados com o Acordo de Paris”, disse Alsford.
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O Acordo de Paris visa limitar o aumento médio desde os tempos industriais a bem abaixo de 2 graus até 2050. Apesar das temperaturas recordes em todo o planeta, as emissões de muitas empresas continuam subindo e um relatório da ONU na quinta-feira mostrou que o avanço da temperatura média global está atualmente a caminho de atingir 3,1 graus até 2100.
Alsford disse que o Morgan Stanley agora terá metas de redução de emissões até 2030 para seis setores: energia, energia elétrica, automóveis, químicos, mineração e aviação.