Os preços do trigo na Índia atingiram um recorde devido à forte demanda, à oferta limitada e à demora do governo em liberar os estoques de seus armazéns para aumentar os suprimentos, disseram autoridades do setor na terça-feira (12).
É provável que os preços recordes elevem a inflação no varejo, que subiu para o maior nível em 14 meses em outubro, impulsionada por um salto nos preços dos vegetais e frustrando as esperanças de um corte na taxa de juros pelo banco central no próximo mês.
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“Se o governo começar a liberar estoques, os suprimentos melhorarão e os preços cairão, como aconteceu no ano passado”, disse o produtor de farinha Pramod Kumar.
Em setembro, Nova Délhi reduziu o limite dos estoques de trigo que os comerciantes e moageiros podem manter para ajudar a aumentar a disponibilidade do grão e moderar os preços.
Mas as restrições não conseguiram derrubar os preços, que estavam sendo negociados em torno de 30.000 rúpias (US$ 355,64) por tonelada métrica em Indore, no Estado central de Madhya Pradesh, acima das 24.500 rúpias em abril e muito acima do preço mínimo de suporte fixado pelo governo de 22.750 rúpias para a safra passada.
Os comerciantes preveem que os preços subirão ainda mais, já que a nova safra não deve chegar ao mercado até março, disse um negociante de Mumbai de uma casa de comércio global.
Inicialmente, a Índia planejava vender trigo de suas reservas para consumidores a partir de julho, mas isso foi adiado e não houve nenhuma atualização posterior sobre seus planos.
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Os estoques de trigo nos armazéns estatais eram de 22,3 milhões de toneladas no início de novembro, um pouco acima das 21,9 milhões de toneladas do ano passado, mas muito abaixo da média de cinco anos, de 32,5 milhões.