Você conhece a diferença entre bem-estar animal e proteção animal? Independente da espécie, se você tiver um cachorro, um gato ou um rebanho de bovinos, é importante entender a grande diferença que há entre essas vertentes, que muitos as classificam como sinônimos.
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Cuidar do bem-estar animal não significa dar um abraço ou tratar o animal como pessoa, mas na verdade é entender as necessidades básicas de cada espécie. Ter um olhar que entenda suas questões fisiológicas e emocionais, e suprir essas demandas pelo ponto de vista da necessidade do animal.
Já a proteção animal esta mais relacionada a legislação, ao protecionismo do animal, criando um limite. Muitas vezes ela esta mais ligada ao que o ser humano sente em relação ao ser vivo do que de fato o que ele necessita.
É muito preocupante quando a proteção animal é usada para disfarçar outros interesses ou a imposição de filosofias. Isso não quer dizer que a proteção animal não seja muito importante, mas ela precisa ser sempre regida pelas questões de comportamento do animal, para que eles sejam bem cuidados, protegidos e respeitados a partir de suas próprias necessidades.
Por exemplo, os cavalos e os cachorros são seres gregários, que tem a necessidade de viver em grupo. Na produção animal, ou seja, nas fazendas, a ciência do bem-estar nos auxilia a ter melhores resultados na saúde dos seres vivos, para produção de carne e leite e na realização pessoal de todos os envolvidos ao verem seu trabalho sendo bem feito.
Por isso, não se confunda. E se for escolher o que fazer com um animal, seja de produção ou um pet dentro de casa, busque conhecer o seu comportamento e as necessidades da sua espécie. Ele será muito mais feliz.
*Carmen Perez é pecuarista e entusiasta das práticas do bem-estar animal na produção animal. Há 14 anos, trabalha intensivamente a pesquisa na fazenda Orvalho das Flores, no centro-oeste do Brasil, juntamente com o Grupo Etco, da Unesp de Jaboticabal e universidades internacionais. Foi presidente do Núcleo Feminino do Agronegócio (NFA) em 2017/2018.
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