A redução nas vendas do complexo soja e de cereais, consequência de uma menor safra e de preços internacionais mais achatados, levou a uma queda de 1,3% no desempenho das exportações do setor agropecuário, mas ainda assim, foi o segundo maior resultado da história.
Complexo soja, por exemplo, continuou liderando com US$ 53,9 bilhões em exportações ou 33% do total, mas registrou uma queda de 19,8% em relação ao ano anterior, resultado da estiagem severa e do recorde histórico de áreas queimadas no Brasil.
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Açúcar e milho também foram impactados negativamente. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o desempenho foi influenciado pelo recuo de 4,6% no índice de preços dos produtos exportados, afetando índices como soja em grãos, milho e açúcar, como acabamos de falar.
As quedas foram compensadas pelo incremento das exportações em segmentos tradicionais, como carnes, que subiram 11%, o complexo sucroalcooleiro, com 13% de alta, produtos florestais com 20%, e o café, com quase 53%.
Outros setores como fibras têxteis, sucos, cacau e seus derivados também registraram crescimento expressivo e levaram as exportações do agronegócio brasileiro a representarem 49% de todas as exportações brasileiras.
A China manteve a liderança como principal destino das exportações do agro brasileiro em 2024, com vendas de US$ 49,7 bilhões, apesar da retração de 17,5% em relação a 2023, quando alcançamos US$ 60,2 bilhões. Como resultado, a participação chinesa no total exportado caiu de 36,2% para 30,2%.
Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com US$ 12,1 bilhões exportados e crescimento de 23%, elevando sua participação de 5,9% para 7,4%. Já os Países Baixos ocuparam a terceira posição com US$ 5,5 bilhões, um aumento de 5,4%, ampliando a sua participação de 3,1% para 3,3%.
Outros países se destacaram pelo crescimento expressivo nas exportações de 2024, como é o caso do Egito, que registrou uma alta de 91,4%.
Pra 2025, a expectativa é de crescimento entre 3% e 6%, resultado da recuperação da produtividade das safras anteriores e novos investimentos no setor, além da alta competitividade da produção agropecuária brasileira frente ao restante do mundo.
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