As fortes chuvas recentes em grande parte da região agrícola da Argentina devem continuar nos próximos dias e marcar um “ponto de inflexão” para as atuais safras de soja e milho, informou a Bolsa de Cereais de Rosário (BCR) na segunda-feira.
Mais de 100 milímetros (3,9 polegadas) de chuva encharcaram as terras agrícolas nos últimos dias, ajudando a consolidar a recuperação das condições de seca e uma onda de calor que atingiu as safras de 2024/25 no final de janeiro e no início deste mês.
A Argentina é um grande exportador de grãos, com as vendas de remessas de soja, milho e trigo fornecendo uma fonte importante de moeda forte para os cofres do banco central.
“A precipitação dos últimos dias está marcando um ponto de virada para o ciclo agrícola”, disse o relatório da BCR.
O relatório também citou Cristian Russo, chefe de previsões agrícolas do BCR, enfatizando a importância das chuvas desta semana para a situação das principais safras de grãos, inclusive em outras áreas agrícolas importantes.
No início deste mês, a BCR reduziu suas previsões para as safras de soja e milho de 2024/25 devido às condições de seca e às altas temperaturas no verão do Hemisfério Sul, estimando a safra de soja em 47,5 milhões de toneladas métricas e a de milho em 46 milhões de toneladas.
O meteorologista German Heinzenknecht, especialista da consultoria CCA, também apontou a probabilidade de mais chuvas nos próximos dias, inclusive nas áreas agrícolas do centro, norte e nordeste, onde ainda é necessária umidade adicional. Ele disse que espera que a reta final de fevereiro marque uma “transição úmida” para março.
“O panorama é muito favorável em termos de chuvas“, acrescentou, ao mesmo tempo em que advertiu que as precipitações previstas para esta semana poderiam encharcar algumas áreas da província de Buenos Aires com precipitação excessiva.
