
A Índia deve começar a nova temporada de açúcar em outubro com estoques iniciais confortáveis, apesar da produção menor do que a esperada na temporada atual e das exportações de 1 milhão de toneladas, disse um importante órgão de produtores nesta quinta-feira (20).
O segundo maior produtor de açúcar do mundo permitiu em janeiro que as usinas exportassem 1 milhão de toneladas do adoçante durante a atual temporada até setembro de 2025, com o governo e o setor acreditando em um excedente para os mercados estrangeiros.
Porém, desde então, os órgãos do setor reduziram as estimativas de produção para o ano corrente até setembro de 2025, levantando preocupações relacionadas a suprimentos.
Um importante órgão do setor disse que a Índia não precisa se preocupar com suprimento.
“A situação da oferta é muito boa porque nossos estoques iniciais serão muito confortáveis e a produção do próximo ano será maior”, disse à Reuters Deepak Ballani, diretor geral da Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia (ISMA, na sigla em inglês).
Em 1º de outubro, quando a temporada de 2025-26 começar, as usinas terão 5,4 milhões de toneladas de estoques remanescentes da temporada anterior, o que será mais do que suficiente para atender à demanda doméstica de outubro e novembro, disse Ballani.
“Nossas usinas estão em condições de exportar facilmente 1 milhão de toneladas e também atender às necessidades domésticas de açúcar e etanol.”
A Associação de Comércio de Açúcar da Índia, outra entidade comercial, disse na semana passada que o estoque inicial de açúcar para a próxima temporada poderia cair para 3,78 milhões de toneladas, em comparação com as 8 milhões de toneladas de um ano atrás.
Traders de açúcar preveem aumentos de preços nos próximos meses, impulsionados pela redução da produção e pela alta demanda sazonal durante os meses de verão.
O governo está monitorando de perto os preços do açúcar e só intervirá no mercado se necessário, disse um funcionário do governo que não quis se identificar.
O açúcar, uma commodity politicamente sensível, é fortemente regulamentado pelo governo na Índia. Além de anunciar o preço da cana que as usinas devem pagar aos produtores, o governo federal fixa a quantidade que cada usina pode vender no mercado.