A marca brasileira de higiene e limpeza Ypê reduziu suas emissões de GEE (gases de efeito estufa) em 50%, entre 2017 e 2019. O responsável por esse resultado é o investimento de R$ 26,5 milhões em um sistema para a geração de calor a partir do uso de biomassa, um combustível renovável.
A geração de energia para secagem é uma etapa essencial no processo de fabricação da linha de lava-roupa em pó, um dos produtos mais famosos da marca. Com a nova tecnologia, é possível substituir o uso de combustível fóssil por biomassa proveniente de madeira de eucalipto de reflorestamento, o que, consequentemente, reduz as emissões de gases de efeito estufa. Hoje, a empresa já alcançou 90% de uso de combustível não fóssil em todo o seu processo produtivo, que inclui cinco unidades fabris pelo país.
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A consequência da implementação tecnológica pode ser observada nos últimos dados da empresa, que foram divulgados com exclusividade para a Forbes Brasil. A emissão de CO₂ equivalente por tonelada de produto caiu de 0,039, em 2012, para 0,015 em 2019. O melhor resultado foi em Salto, no interior de São Paulo, onde a diminuição de emissões de GEE por tonelada produzida foi de aproximadamente 80% no período entre 2012 e 2019. Já na fábrica de Amparo (SP), houve queda de cerca de 60% desde o início dos testes.
Atualmente, a energia elétrica que a Ypê usa no processo de produção é 100% renovável, o que conecta a empresa com o certificado I-REC, que garante que a energia consumida foi gerada a partir de uma fonte renovável como sol, vento, água ou biomassa. “A Ypê tem o compromisso com o meio ambiente como um dos pilares que sustentam o seu sistema de excelência operacional”, afirma Waldir Beira Junior, presidente da marca.
Desde 2012, a marca tem investido na capacitação da equipe de ESG para contabilizar as emissões das unidades fabris e dos centros de distribuição. Para o inventário de 2020, a empresa decidiu dar um passo além e adicionar todas as emissões indiretas de sua produção, o que envolve a distribuição dos produtos, o tratamento de resíduos sólidos, o deslocamento de colaboradores via fretado, as viagens aéreas e os transportes terceirizados.
Agora, o desafio da Ypê é otimizar a distribuição e priorizar combustíveis de fontes renováveis para o transporte de seus produtos, já que eles são responsáveis por 97,4% das emissões totais das atividades indiretas. O levantamento feito pela empresa segue a metodologia “GHG Protocol”, uma ferramenta que divide as emissões em três escopos: diretas, indiretas e através de energia elétrica adquirida e consumida pela companhia em questão.
“Incluir as emissões indiretas em nosso inventário é mais um passo para envolver toda a cadeia de produção e distribuição neste processo de redução de emissões de GEE”, explica Junior, que se anima com os resultados obtidos. “A agenda ambiental não é uma opção, ela faz parte do nosso propósito.”
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