O termo ESG (ambiental, social e governança, da sigla em inglês) virou prioridade na agenda de grande parte dos investidores e líderes de negócios em todo o mundo. No Brasil, 46% dos empreendedores e colaboradores de grandes companhias afirmam já existir programas de ESG em suas empresas e 92% acreditam que o conceito vai impactar as estratégias futuras dos negócios.
Os dados são do relatório “Inovação e ESG”, da consultoria ACE Cortex, que analisou empresas em estágio inicial e avançado que atuam no país com base nos três pilares de sustentabilidade. Apple, Natura e Blue Sol Energia estão entre as organizações líderes que já assumem responsabilidades sociais corporativas.
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Para compreender esse cenário no segmento das startups, a consultoria mapeou 343 empresas que desenvolvem soluções relacionadas ao ESG no Brasil. Os resultados apontam que, do total, 180 atuam principalmente em meio ambiente, 130 possuem negócios relacionados ao impacto social e 33 desenvolvem soluções de governança.
Segundo a pesquisa, as startups que operam no braço ambiental (52,4%) desenvolvem soluções principalmente para gestão de energia – matrizes limpas, controle de emissão de CO2 ou compra de créditos de carbono – e mobilidade elétrica e logística, com o gerenciamento de energia e recarga de veículos elétricos. Entre essas startups estão Moss, Biosolvit, Carbon Z, Delta CO2, Eccaplan e Green Domus, entre outras.
Já entre as empresas com destaque para o social (38%), há uma preponderância de edutechs, healthtechs e startups de cybersecurity. Os dados revelam que o setor de educação é o mais aquecido, com mais de 44 edutechs em operação. A quantia representa 12% das startups ESG brasileiras mapeadas e um terço de todas as startups com foco na sociedade. Enquanto isso, as empresas de cybersecurity constituem cerca de 10% do total das representantes de impacto social, e atuam especialmente com proteção de dados e privacidade. A lista de startups voltadas ao S, do ESG, inclui Gympass, Preta Hug, Digital Innovation One, camaleao.co, B2Mamy, Vittude e Bee Touch.
Diante do baixo número de startups voltadas para governança corporativa – menos de 10% do total -, a ACE considera que o segmento ainda é o menos desenvolvido por questões regulatórias. “Além disso, os temas governança, compliance e transparência ainda são observados como inerentes apenas às empresas listadas na bolsa ou multinacionais.” No setor de soluções de governança estão Gove, Glassdoor, Lemobs, Diligent, Atlas Governance, GCSec, Smart CG e W2conn, entre outras empresas.
Segundo o relatório, as principais tendências de investimentos em ESG são um aumento da consideração dos pilares de sustentabilidade, especialmente relacionados aos temas de responsabilidade e transparência corporativa, e a importância do social para grandes companhias e investidores, particularmente em saúde, educação e laços sustentáveis com a sociedade. Além disso, a consultoria enxerga que o controle de riscos e oportunidades relacionadas ao meio ambiente – como novas formas de energia e fontes renováveis, transporte sustentável e redução de emissão de carbono – vão atrair cada vez mais a atenção de investidores.
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