O Google tirou o chefe de diversidade do cargo na semana passada depois que uma antiga postagem em um blog anti-semita em que ele escreveu sobre o “apetite insaciável por guerra e matança” dos judeus veio à tona e atraiu a condenação generalizada de grupos de judeus.
Kamau Bobb, que foi apontado como líder global do Google para estratégia e pesquisa de diversidade em 2018, escreveu em uma postagem em blog de 2007 – já excluída – que se ele fosse judeu, ele “ficaria preocupado com meu apetite insaciável pela guerra e pela morte em defesa de mim mesmo”, e referiu-se à “crescente insensibilidade dos judeus ao sofrimento (de) outros”.
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Relatado pela primeira vez pelo site conservador de notícias políticas “Washington Free Beacon”, o momento da postagem do blog de 2007 se seguiu à Guerra do Líbano em 2006, um conflito entre a Força de Defesa de Israel e o grupo militante Hezbollah que deixou mais de 1.000 mortos.
Grupos judeus de direitos humanos como o Simon Wiesenthal Center pediram a demissão de Bobb por causa da postagem no blog.
O Google disse à Forbes em um comunicado que o gigante da tecnologia “condena inequivocamente” os escritos anteriores de Bobb, acrescentando que ele foi removido de seu cargo na equipe de diversidade da companhia e “se concentrará em seu trabalho STEM (‘Science, Technology, Engineering and Mathematics’, ‘Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática’, na tradução para o português)” na empresa daqui para frente.
Bobb se desculpou em particular com um grupo de funcionários judeus do Google, de acordo com o “New York Post”, escrevendo que sua postagem no blog “caracterizou de maneira grosseira toda a comunidade judaica” e o que “pretendia ser uma crítica a uma ação militar específica alimentada por tropas anti-semitas e preconceito”.
A transferência de Bobb ocorre em meio a um aumento nas ameaças e ataques anti-semitas que, dizem os especialistas, foram desencadeados pelos recentes combates entre Israel e grupos militantes em Gaza. Relatos de ataques verbais e físicos contra judeus aumentaram em todo o mundo, de acordo com a Liga Anti-Difamação.
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