Cortar as emissões líquidas que causam o aquecimento do planeta a “zero” até 2050 pode elevar o crescimento econômico e o emprego, mas exigiria um preço de US$ 160 por tonelada do carbono até o final da década, disse um grupo que reúne os principais bancos centrais do mundo hoje (07).
Enfrentando pedidos de ação com seu vasto poder de fogo financeiro, os bancos centrais estão agora contemplando opções para combater as mudanças climáticas e contam com análises profundas de sua “Rede para tornar o sistema financeiro mais verde” (NGFS, na sigla em inglês) para ajudar em suas deliberações.
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Em uma atualização de seus cenários econômicos, a NGFS concluiu que apenas uma transição relativamente rápida e ordenada para uma economia de baixo carbono aumentará o crescimento, enquanto uma transição atrasada ou nenhuma ação afetaria profundamente a economia.
“Se essas mudanças ocorrerem de maneira ordenada, os cenários sugerem que isso pode levar a algum aumento no PIB global e diminuir o desemprego em relação às tendências anteriores”, disse a NGFS.
“Se a transição falhar, a análise dos cenários da NGFS sugere que até 13% do PIB global estará em risco no final do século, mesmo antes de contabilizar as consequências potenciais de eventos climáticos severos”, acrescentou.
Mas para chegar a uma emissão líquida zero até 2050, um preço do carbono de US$ 160 por tonelada – ou “preço sombra” equivalente – precisaria ser introduzido de forma progressiva até o final da década, o que aumentará a inflação e também o desemprego em alguns países com indústrias de uso intensivo de energia.
“Os juros de longo prazo tendem a aumentar nos cenários de transição, refletindo a pressão inflacionária criada pelos preços do carbono, bem como o aumento da demanda de investimentos que a transição impulsiona”, acrescentou o relatório.
Embora uma ação atrasada mantenha os juros de longo prazo fracos na próxima década, eles provavelmente subiriam acentuadamente nas décadas seguintes, ultrapassando o aumento em um cenário de emissão líquida zero, concluiu o relatório. (Com Reuters)
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