O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu hoje (17) a líderes mundiais que se unam ao seu país e à União Europeia prometendo cortar as emissões de metano na esperança de criar um ímpeto antes de uma cúpula internacional sobre a mudança climática que começa no mês que vem.
Biden fez os comentários durante uma reunião virtual do MEF (Fórum das Grandes Economias) na Casa Branca, uma sequência do encontro do Dia da Terra que ele sediou em abril para apresentar novas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e induzir outros países a fazerem mais para conter as suas.
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O Reino Unido ouviu o apelo, e o primeiro-ministro Boris Johnson prometeu ser um dos primeiros signatários da Promessa Global de Metano para reduzir as emissões do gás danoso.
Tratar da mudança climática é uma as maiores prioridades domésticas e internacionais de Biden, e a COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021) em Glasgow de 31 de outubro a 12 de novembro é vista como um momento crítico para o mundo se comprometer a fazer mais para deter a elevação das temperaturas.
Ontem (16), a ONU (Organização das Nações Unidas) disse que o ritmo da mudança climática não foi desacelerado pela pandemia de Covid-19 e que o mundo está perdendo a batalha para cortar as emissões o suficiente para manter o aquecimento global 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais. Cientistas dizem que este é o teto para se evitar os efeitos mais catastróficos da mudança climática.
Também hoje, Biden pediu que outras nações se unam a um pacto aceito pelos EUA e pela UE que visa colocar as emissões de metano ao menos 30% abaixo dos níveis de 2020 até 2030.
“Isto não somente reduzirá rapidamente o ritmo do aquecimento global, mas… também produzirá um benefício colateral muito valioso, como melhorar a saúde pública e a produção agrícola”, disse Biden aos líderes.
“Acreditamos que o objetivo coletivo é tanto ambicioso quanto realista, e pedimos a vocês que se unam a nós anunciando este compromisso na COP26”, disse o presidente norte-americano.
Globalmente, as emissões de metano são responsáveis por cerca de 30% do aquecimento desde os tempos pré-industriais, de acordo com a ONU. Um relatório recente de cientistas do clima da entidade disse que cortar as emissões de metano é a maneira mais rápida de desacelerar o aquecimento global.
Líderes de Argentina, Bangladesh, Indonésia, Coreia do Sul, México, Reino Unido e UE participaram do MEF, assim como o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse a Casa Branca. (Com Reuters)
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