O WWF (World Wide Fund for Nature) disse que bancos de investimento podem fazer mais para mitigar mudanças climáticas além de subscrever títulos verdes, afirmou o IFR, serviço da Thomson Reuters.
O órgão disse que, embora seja provável que haja US$ 2 trilhões em títulos verdes em circulação até o fim do ano, os mercados de capital de dívida ainda atrapalham as campanhas ambientais em outros aspectos.
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“Embora o crescimento dos instrumentos de títulos verdes e sustentáveis seja bem-vindo como um todo, os mercados de capitais de dívidas globais atualmente financiam mais danos do que benefícios ao clima e à natureza”, disse o fundo.
O órgão acrescentou que a grande maioria dos títulos forneceu “muito pouca, ou nenhuma, informação sobre seus impactos ambientais”.
Um relatório encomendado pelo WWF mostrou que apenas 10% das edições deste ano rotularam especificamente seus benefícios ambientais, sociais ou de sustentabilidade.
A pesquisa também descobriu que nos últimos cinco anos os bancos de investimento levantaram US$ 3,6 trilhões em dívidas para empresas que extraem ou usam combustíveis fósseis, gerando o dobro das taxas feitas em acordos de títulos verdes.
“As instituições financeiras terão que fazer sua parte se quisermos enfrentar a mudança climática nesta década”, disse Margaret Kuhlow, líder de prática financeira do WWF.
Jochen Krimphoff, um dos autores do relatório, disse: “Os banqueiros de investimento ainda subscrevem muitos negócios de combustíveis fósseis. Eles precisam levar em consideração o impacto ambiental de cada negócio em que estão envolvidos, não apenas aqueles rotulados como verdes.”
O relatório reconheceu que em 2021 houve uma reviravolta dramática, com mais títulos verdes sendo emitidos do que os de combustíveis fósseis pela primeira vez. (Com Reuters)
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