Líder global no segmento de papelaria e materiais de escritório, a Faber-Castell tem no Brasil sua maior operação – o país é responsável por um terço do faturamento de € 555 milhões da companhia. Nos últimos anos, o território brasileiro também se tornou protagonista em outra área importante para a multinacional: a de sustentabilidade.
Hoje, 100% da produção global da Faber-Castell é neutra em carbono. A empresa alemã possui 10 mil hectares de florestas no Brasil que capturam 900 mil toneladas de dióxido de carbono e neutralizam toda a operação da companhia, segundo a consultoria alemã TÜV Rheinland.
Em relatório de sustentabilidade divulgado pela empresa com exclusividade à Forbes, a Faber-Castell destaca que planta 300 mil mudas de árvores por ano, um número que equivale a “um caminhão de madeira crescendo por minuto”.
Segundo o CEO da Faber-Castell Brasil, Marcelo Tabacchi, as florestas no Brasil são estratégicas para as metas em relação à pegada de carbono da companhia. A multinacional alemã tem objetivos em relação ao meio ambiente, sociedade e governança (ESG, na sigla em inglês), com metas para atender até 2030.
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Tendo como base o biênio de 2019/20, os objetivos da Faber-Castell são:
● Aumentar a proporção de plásticos alternativos em seus produtos para 55%;
● Não utilizar embalagens plásticas em produtos de uso único, substituindo-as por papel ou outros materiais mais sustentáveis;
● Reduzir a pegada de carbono em 55% (atualmente está em 10,2 toneladas por milhão de produtos);
● Reduzir o consumo de energia em 55%.
Além disso, até 2035 a companhia tem o plano de ser autossuficiente em energia, usando fontes próprias de energia renovável, como coletores solares, bombas de calor ou turbinas de água em todas as suas fábricas.
No Brasil, alguns pontos já estão bastante avançados. Mais de 95% das embalagens dos produtos comercializados no país já são de fontes renováveis ou recicláveis. As fábricas que operam por aqui trabalham com 100% de energia renovável, porém obtida de terceiros.
Desafios da Faber-Castell
Em seu relatório de sustentabilidade a empresa comemora os avanços feitos até aqui. Nos últimos dois anos, a multinacional diminuiu em 23% o volume de água residual, a emissão de CO2 caiu 25%, o uso de energia foi reduzido em 7% e a proporção de embalagens plásticas por milhão de produtos diminuiu em 11%.
Para o CEO da Faber-Castell Brasil, é muito significativo que toda a governança da companhia esteja empenhada em promover as mudanças, mas isso não quer dizer que não haja desafios.
“Apesar da Faber-Castell Brasil ser de fonte 100% renovável, ainda teremos fortes desafios relacionados à autossuficiência em energia elétrica, principalmente devido à oscilação de tecnologias e custos deste processo”, diz Tabacchi.
O executivo ainda aponta que, na Europa, grande parte da dificuldade nessa área é causada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, que impactou a distribuição e elevou os custos dos processos de geração de energia.
Outro ponto que o CEO destaca que será prioritário para a companhia é a redução de plásticos convencionais de origem fóssil nos produtos. “Já atendemos a meta estipulada para a redução deste tipo de plásticos em nossas embalagens. Nossa prioridade agora é alcançar isso em nossos produtos”, afirma Tabacchi.
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