Maria Nilde Santos e Suéli Feio, idealizadoras do Costurando Sonhos, criado em Paraisópolis
As líderes do projeto Costurando Sonhos, criado dentro da favela de Paraisópolis, em São Paulo, estão em Milão para o lançamento da nova coleção da marca de calçados eco-friendly Dotz, criada pelo estilista Rodrigo Doxandabarat e por Anderson Presoto em conjunto com a grife italiana de acessórios Gianni Chiarini. As profissionais que fazem parte do projeto produziram os pingentes que decoram as bolsas e fizeram as sacolas em tecido que acompanham os produtos vendidos. “É importante mostrar a essas mulheres a importância do trabalho que desenvolvem, já que muitas delas chegam até nós sem acreditar em seu potencial”, diz Suéli Feio, uma das idealizadoras do Costurando Sonhos.
O projeto já capacitou 700 mulheres e emprega mulheres moradoras de favelas, que produzem a partir de sobras de tecido da indústria e peças descartadas, como uniformes e malotes de lona tirados de circulação. “Com o upcycle, nós transformamos o que seria descartado em algo que as empresas valorizam hoje”, diz a outra líder do programa, Maria Nilde Santos.
O Costurando Sonhos faz parte da iniciativa social G10 Hub Acelerador de Negócios, liderado por Gilson Rodrigues, que criou também o G10 Favelas, grupo de impacto social que reúne as maiores favelas do Brasil.
Parte do valor das vendas da coleção será destinado para o Instituto Costurando Sonhos Brasil, que ajuda mulheres em situação de vulnerabilidade social desde 2017 e atua em diversas comunidades, Durante a pandemia, essas mulheres produziram mais de dois milhões de máscaras de tecido que foram distribuídas para moradores de diversas favelas do Brasil.
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