Um novo satélite apoiado pelo Google, da Alphabet Inc., e pelo grupo Environmental Defense Fund será lançado da Califórnia nesta segunda-feira com a missão de identificar, a partir do espaço, as emissões de metano do setor de petróleo e gás.
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O satélite MethaneSAT irá se juntar a uma crescente frota de espaçonaves em órbita destinadas a ajudar no combate às mudanças climáticas, publicando dados sobre as emissões do invisível, porém potente, gás de efeito estufa.
Embora a Agência Espacial Europeia e outro rastreador baseado em satélite, chamado GHGSat, já estejam fornecendo dados sobre as emissões de metano, o MethaneSAT irá disponibilizar mais detalhes e terá um campo de visão muito mais amplo, segundo seus patrocinadores.
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O Fundo de Defesa Ambiental (EDF, em inglês) disse que os dados trarão mais responsabilidade na hora da prestação de contas de 50 empresas de petróleo e gás que se comprometeram na cúpula climática COP28 de Dubai, em dezembro, a zerar o metano e eliminar a queima rotineira de gás. Também irá ajudar as companhias que se preparam para cumprir as próximas regulamentações sobre metano na União Europeia e nos Estados Unidos, que incluem uma taxa de poluição por metano.
“Poderemos ver quem são os retardatários, mas esperamos que eles usem essas informações de forma construtiva para melhorar seu desempenho”, disse Mark Brownstein, vice-presidente sênior de transição energética da EDF.
O MethaneSAT foi desenvolvido em conjunto com a Agência Espacial da Nova Zelândia e a Universidade de Harvard, entre outros, e seus dados estarão disponíveis ao público ainda neste ano, informou o EDF. O Google Cloud irá fornecer os recursos de computação para o processamento das informações.
As emissões de metano — provenientes da produção de petróleo e gás natural, resíduos agrícolas e aterros sanitários — são muitas vezes mais potentes do que o dióxido de carbono como gases de efeito estufa.
O American Petroleum Institute (API, em inglês), grupo do setor de petróleo, disse que os dados de emissões de terceiros não devem ser usados para fins regulatórios sem verificação.
“O regulador ambiental ainda será primordial aqui como autoridade em termos de validação dos dados”, disse Aaron Padilla, vice-presidente de política corporativa do API.