Não é fácil fazer vinho na Patagônia. Com pouca água (apenas 180 mm de chuva por ano) e clima árido, sem tecnologia e infraestrutura, é impossível criar uma vinícola na região mais extrema ao sul das Américas. Deste ambiente improvável, no entanto, vem um dos principais vinhos da América do Sul atualmente, o Special Blend 2010.
A bebida tem previsão de chegada ao Brasil em duas semanas pelas mãos da importadora Mr. Man. Produzido na Bodega del Fin del Mundo, o ganhador do Argentina Wines Awards como o melhor da Patagônia é uma mistura de malbec, cabernet sauvignon e merlot envelhecida em carvalho francês por 15 meses.
Este será o principal produto da vinícola no país, com o preço entre R$ 270 e R$ 299. “O Brasil é um mercado essencial para nós e para todo o mercado argentino”, explica Pedro Soraire, um dos sócios da Bodega. Não é a toa: somos o terceiro país que mais importa da empresa, atrás apenas de Estados Unidos, Dinamarca e México.
Mesmo com esta participação no mercado, ainda é um desafio vender vinho no Brasil, que tem o consumo estabilizado em cerca de 2l per capita por ano. Segundo Diego Man, dono da importadora fundada por seu pai, consumir a bebida diariamente não está no hábito do brasileiro. “Diferente de outros países, nós ainda não entendemos os benefícios de consumir vinho moderadamente”, explica.
Atualmente, a Bodega tem 17 rótulos disponíveis no mercado nacional, todos importados pela Mr. Man. No mundo, exporta 117 rótulos para mais de 30 países.