Não é mais preciso se sentir culpado por comer chocolate ao leite. Um novo estudo, feito pela Universidade de Aberdeen, na Escócia, comprovou que o doce não só não faz mal ao coração, como pode ser benéfico a ele. A pesquisa feita com mais de 21.000 pessoas na Inglaterra comprovou que as pessoas que mais comem chocolate ao leite são as que têm menos chances de desenvolverem problemas cardiovasculares e de terem infarto.
Outros fatores, além do consumo do doce, podem influenciar nos resultados, por isso, os especialistas que fizeram a pesquisa pedem cuidado na interpretação dos resultados. Eles ressaltam que a importância do estudo é o fato de quem come chocolate moderadamente, não precisa minuir ou evitar o consumo.
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Os participantes preencheram formulários sobre seus hábitos alimentares, exercícios e outras variáveis do cotidiano. Além disso, também monitoraram seu peso, pressão sanguínea e outras medidas relacionadas à saúde. Depois de 12 anos, apenas 3.000 dos 21.000 entrevistados tiveram problemas no coração ou infarto.
A conclusão é que as pessoas que mais comem chocolate, isto é, entre 16g e 100h por dia, tiveram menos problemas cardíacos. Eles tem 14% a menos de risco de desenvolver doenças cardiovasculares e 23% a menos de possibilidade de ter um infarto.
O consumo de chocolate também tem outras vantagens, como a diminuição do índice de massa corporal, medidas da cintura e do quadril e pressão sistólica. Comer o doce também ajuda levemente a rejuvenescer e a se exercitar mais. Todos esses fatores colaboram para a redução do risco de ataques do coração.
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Mas essas são apenas correlações. Se elas forem reais, há alguns mecanismos plausíveis, como os efeitos antioxidantes o doce. “O chocolate contem alguns componentes que são importantes para a saúde, como flavonóis”, explicou o autor do estudo, Phyo Myint.
Claro que é preciso tomar certos cuidados com os resultados, porque a pesquisa tem alguns problemas. Um deles é que o estudo não separou chocolate amargo de ao leite – mas muitos dos participantes consomem a segunda opção, que tem menos antioxidantes. Por isso, os especialistas sugerem que não só flanóide, mas outros componentes relacionados ao leite, como cálcio e ácidos gordurosos.
“Acredito que é ok um adulto sem grandes problemas de saúde comer um pouco de chocolate”, afirma Myint. O especialista explica que não é necessário consumir mais que 16g por dia para conseguir os benefícios. Não há uma relação entre quantidade e bens que o doce faz. Myint também ressalta que é melhor comer menos que a o mínimo do que passar de 100g ao dia.
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Outros estudos também comprovaram que não só relação entre chocolate e o coração, mas também do doce com o cérebro. Em 2014, um estudo apontou que pessoas tomaram bebidas de cacau superpotentes durante três meses tiveram melhor desempenho de memória do que aqueles que beberam uma versão mais fraca.
É importante lembrar que o chocolate tem problemas no quesito nutricional. Algumas variedades podem ser muita gordura, especialmente saturada, além de ter muito açúcar. Portanto, tenha cuidado no consumo do doce.