O primeiro navio de cruzeiro dos Estados Unidos a chegar a Cuba em décadas recebeu uma acolhida calorosa nesta segunda-feira (2) em Havana, onde moradores da cidade colonial se reuniram à beira-mar enquanto centenas de norte-americanos acenavam do convés da embarcação.
A chegada do cruzeiro foi mais um acontecimento inédito para os dois países desde que o presidente dos EUA, Barack Obama, e seu colega cubano, Raúl Castro, anunciaram uma reaproximação histórica em dezembro de 2014, e ocorre semanas depois de Obama visitar a ilha caribenha.
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O navio Adonia, um barco pequeno com capacidade para 700 passageiros que faz parte da frota da Carnival Corp, entrou no canal que leva à Baía de Havana de manhã sob um céu de brigadeiro e atracou na capital que Obama e sua esposa conheceram recentemente.
Uma lei cubana que proíbe que cidadãos cubanos de entrar no país por mar quase atrasou o cruzeiro, mas foi suspensa pelas autoridades locais pouco mais de uma semana atrás.
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Obama fez da guinada radical da política de seu país para Cuba uma parte importante de seu legado na Presidência. As duas nações vizinhas restabeleceram relações diplomáticas um ano atrás e assinaram acordos em temas de interesse mútuo, como meio ambiente, serviços postais e voos diretos.
Há conversas em andamento a respeito de assuntos que vinham afastando os dois países, que vão do retorno de fugitivos a indenizações por causa dos danos causados pelo embargo dos EUA e a devolução da base naval de Guantánamo.
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Obama exortou o Congresso dos EUA, liderado pelos republicanos, a anular o embargo ao comércio e às viagens, mas sem sucesso, o que o levou a recorrer a seus poderes executivos para driblar as restrições.
Os dois lados parecem determinados a fazer novos progressos no tema das viagens antes de Obama deixar o cargo em janeiro de 2017.
“Cruzeiros programados regularmente são a terceira face dos esforços de terra, mar e ar do governo Obama para cimentar suas mudanças de políticas. O objetivo é tornar as iniciativas grandes e profundas para que sejam mais difíceis de desfazer”, disse John Kavulich, presidente do Conselho Comercial e Econômico EUA-Cuba, que tem sede em Nova York.
(Por Marc Frank)