Pense num timing ruim! Em janeiro, a Louis Vuitton apresentou sua coleção em Paris que tinha Michael Jackson como inspiração. Dois meses depois, acusações de abuso sexual infantil contra o cantor voltaram a ser assunto devido ao documentário “Leaving Neverland” – embora apresentado no Festival de Sundance dias depois do desfile da LV, o filme se tornou assunto quente ao ser exibido pela HBO. Agora, a marca enfrenta cobrança da mídia internacional e de parte do público, que exige que a marca se posicione renegando o pop star.
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Qualquer marca zela por manter sua imagem intocada, o que se torna ainda mais sério quando o que está em jogo é uma grife que vale 28 bilhões de dólares. Como de costume, a Vuitton tem se mantido discreta e não fez declarações a respeito. O mais provável é que tire de cena as peças que podem ser associadas imediatamente com Michael Jackson, caso da camiseta que ilustra esta reportagem. Para sorte da empresa, o cantor era uma inspiração não tão literal. Não havia, por exemplo, nada com seu rosto. Ou seja, do ponto de vista comercial, não parece algo complicado de resolver.
No campo das relações-públicas, a conversa é outra. A pressão que começa a surgir é para que a marca se posicione ao lado das vítimas, ainda que haja bastante polarização sobre as acusações. A família Jackson e os fãs do artista defendem sua reputação, enquanto há rádios que deixaram de tocar as canções dele.
Virgil Abloh, designer da LV, foi questionado sobre o tema antes de toda a polêmica, e afirmou que queria se concentrar no lado bom de MJ. Agora é esperar para ver como a equipe de relações-públicas da marca vai contornar essa.