Resumo:
- A região de Val di Noto está cada vez mais popular, à medida que viajantes veem a Sicília como parte fundamental de uma viagem para a Itália;
- Esses destinos atraem visitantes desde os tempos da tradicional viagem pela Europa, batizada de Grand Tour;
- Os destinos oferecem os tipos de atrações mais procurados atualmente: autenticidade, tesouros artísticos e muitas delícias gastronômicas, sem multidões de turistas.
À medida que os viajantes veem a Sicília como parte fundamental de uma viagem para a Itália e procuram por lugares para visitar além de Palermo, Taormina e as Ilhas Eólias, as belas cidades e vilas de Val di Noto ficam cada vez mais populares. Embora atraiam visitantes desde os tempos da tradicional viagem pela Europa, batizada de Grand Tour, esses destinos oferecem os tipos de atrações mais procurados atualmente: autenticidade, tesouros artísticos e muitas delícias gastronômicas, sem multidões de turistas.
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“Férias em Val di Noto proporcionam um ótimo equilíbrio entre a vida na cidade, a arquitetura histórica, a tranquilidade à beira-mar e a tradição italiana de uma vez só”, diz Cassandra Santoro, fundadora e proprietária da Travel Italian Style, especializada em viagens customizadas na Itália. “Em toda a Sicília, você pode encontrar essas maravilhosas atrações, mas o Val di Noto se destaca por ser tão bem formado que é possível absorver facilmente tudo dentro de um período de tempo mais razoável.”
Onde fica o Val di Noto
A região fica no Sudeste da Sicília. Há oito cidades e vilarejos belíssimos, declarados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 2002, repletos de todo o esplendor Barroco: Caltagirone, Catânia, Militello Val di Catania, Modica, Noto, Palazzolo, Ragusa e Scicli.
Por que é especial?
A versão siciliana do barroco oferece o máximo do estilo, presente em estátuas, máscaras, conchas e outras ornamentações, além de frontões luxuosos, varandas, paredes curvas e uma rica mistura de mármore e rocha vulcânica. As cidades e vilas de Val di Noto foram reconstruídas de forma exuberante após o terremoto catastrófico de 1693. Elas são admiradas pelas brilhantes histórias de resiliência diante da enorme devastação.
A melhor época para uma viagem
“O ideal é que a visita seja feita entre setembro e outubro, quando há dias típicos de verão, com noites frescas”, diz Cassandra. “Se apenas for possível em julho ou agosto, vá, mas faça um bom planejamento. Dirija-se aos locais históricos de manhã, tenha um almoço relaxante e termine o dia à beira-mar ou na piscina do hotel. Se for em agosto, esteja ciente dos fechamentos em torno do feriado de Ferragosto, no dia 15.” As cidades e vilas perto do mar são Catânia, Noto, Scicli (a cerca de 15 quilômetros da costa), Módica (cerca de 21 quilômetros) e Ragusa (24 quilômetros).
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Quanto tempo é necessário?
“Cerca de cinco ou seis dias, não menos”, aponta Cassandra. “Se você tiver tempo para uma estadia prolongada, fique de 10 a 12 dias. Nesta parte da Sicília, há muita história para conhecer e o estilo de vida local para desfrutar.”
Mas se você tiver poucos dias
“Muitos visitantes aterrissam em Catânia. Se você tiver pouco tempo para ficar, vá para Ragusa, Módica e Scicli, que são próximas, o que permite aproveitar as cidades ao máximo.”
O que comer
“Além dos pratos típicos com peixe, experimente a massa fresca de cavati”, diz Cassandra. “Você também pode vê-la como ‘Cavati e ravioli alla ragusana con sugo di maiale’. Esta é uma combinação de massa de cavati e ravioli recheada com ricota em um molho de porco e tomate. Também não deixe de comer o Arancino. Em Catânia, essas bolinhas de arroz têm uma forma diferente das que você encontra em Palermo.
Uma sobremesa especial, quando disponível, é a Minne de Sant’Agata, feita com chocolate, ricota e frutas cristalizadas, criada para honrar a santa padroeira de Catânia. O chocolate em Módica também é imperdível. Se for corajoso o suficiente, experimente o ‘mpanatigghi (ou impanatigli). São biscoitos recheados de chocolate e carne de boi. Visite a famosa Antica Dolceria Bonajuto, em Módica, para provar amostras preparadas na hora, além, é claro, de experimentar o cannoli (massa doce frita em formato de tubo e recheada).”
Para beber
“Um coquetel que deve ser experimentado durante a visita é o Etna Spritz, um aperitivo especial, versão diferente do clássico Aperol. Dedicado ao famoso vulcão, inclui o liquor Amara Amaro d’Arancia Rossa da Sicília.
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Onde se hospedar
O a.d. 1768 Boutique Hotel em Ragusa Ibla é o mais novo empreendimento do Val di Noto. Localizada em um palácio do século 18, a propriedade possui 10 suítes e quartos (alguns com afrescos). Cassandra sugere o Locanda Don Serafino, da cadeia Relais & Châteaux, também em Ragusa Ibla, com um clube de praia em Marina di Ragusa. Conheça também o Torre Don Virgilio, um gracioso hotel rural com piscina perto de Módica, e o Battimandorlo, que fica perto de Noto.
O que ver
Essas cidades e vilas oferecem uma vista deslumbrante de palácios e igrejas barrocas. Veja, na galeria de fotos abaixo, alguns dos seus destaques:
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Reprodução/Forbes Caltagirone
A cidade, que é referência de longa data para cerâmica elaboradamente projetada, tem até um museu, o Museo Regionale della Ceramica, e uma magnífica escadaria, a Scalinata de Santa Maria del Monte, onde os degraus são adornados com padrões de cerâmica associados à longa história local. A ponte St. Francis Bridge também é decorada com peças do tipo.
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Reprodução/Forbes Catânia
Além de todos os pontos imperdíveis do barroco, como a Catedral de Santa Agatha e a praça Piazza del Duomo, é possível ir diretamente para a Roma Antiga, ao visitar o Teatro Romano, datado do século 2. Nas tardes quentes, vá para as praias próximas, como La Playa ou a Riviera dei Ciclopi, a cerca de 12 quilômetros ao norte.
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Getty Images Militello in Val di Catania
A cerca de uma hora de carro de Catânia, esta cidade tem sido chamada de um museu ao ar livre por sua abundância de palácios e mais de 20 igrejas. As ruínas do Castello Barresi-Branciforti, do século 14, junto do Oratório da Madonna della Catena, estão entre o pouco que sobrou da cidade antes do terremoto.
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Getty Images Módica
A Duomo di San Giorgio, entre as cerca de 100 igrejas da cidade, é um dos melhores exemplos da arquitetura barroca siciliana. A cidade também é conhecida por seu chocolate exclusivo, produzido com métodos que datam dos tempos astecas e que foram usados desde que Módica estava sob o domínio espanhol.
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Reprodução/Forbes Noto
Quando estiver nesta cidade, às vezes chamada de “capital do barroco siciliano”, não deixe de passar pela Catedral de St. Nicholas, um marco inesquecível e especialmente fotogênico no final da tarde, quando a fachada de calcário é exibida em luz dourada. Vale a pena visitar o Palazzo Nicolaci di Villadorata, de 90 cômodos, para ter uma idéia da vida rarefeita dos nobres sicilianos nos séculos passados. Todos os artistas, no mês de maio (este ano, do dia 17 a 19), transformam a Via Nicolaci em um exuberante tapete floral para o Infiorata, o festival de flores que atrai visitantes de todo o mundo.
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Getty Images Palazzolo Acreide
Devido aos seus tesouros barrocos e antigos, Palazzolo se tornou um destino para o Grand Tour e o Museo dei Viaggiatori (ou Museu dos Viajantes, em português), no Palazzo Vaccaro, que relembra esse período com documentos históricos de viagens, livros e gravuras. O sítio arqueológico próximo, Akrai, já foi uma colônia grega em 664 a.C.
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Getty Images Ragusa
Há duas partes na cidade: Ragusa Superiore e Ragusa Ibla, sendo a primeira mais nova, embora seja a sede da imponente catedral de San Giovanni Battista, cuja construção começou no século 17. Ao caminhar pelas ruas de Ragusa Ibla, você encontrará obras-primas barrocas, como o Duomo di San Giorgio e o Palazzo Cosentini.
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Getty Images Scicli
O famoso romancista italiano Elio Vittorini chamou Scicli de “talvez a mais bela cidade do mundo”, e você pode ver o motivo ao percorrer a Via Francesco Mormino Penna com suas esplêndidas fachadas barrocas. Não perca o Palácio Beneventano, conhecido por sua ornamentação luxuosa e os vívidos mascarões, a uma curta distância a pé. Para relaxar à beira-mar, vá até Sampieri, onde encontrará praias de águas translúcidas.
Caltagirone
A cidade, que é referência de longa data para cerâmica elaboradamente projetada, tem até um museu, o Museo Regionale della Ceramica, e uma magnífica escadaria, a Scalinata de Santa Maria del Monte, onde os degraus são adornados com padrões de cerâmica associados à longa história local. A ponte St. Francis Bridge também é decorada com peças do tipo.
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