Resumo:
- Com 35 hectares de extensão, uma baía protegida e sete praias, a ilha privada é quase caricaturalmente perfeita, com todas as características que se imagina em um refúgio caribenho;
- Atualmente à venda por US$ 11,8 milhões pelo corretor de imóveis de Bahamas, John Christie, a ilha Saddleback Cay é praticamente intocada;
- Apesar das diversas críticas relacionadas ao festival, o local tem atraído muito interesse desde os lançamentos dos documentários “Fyre” e “Fyre Fraud”.
A menos que você não acesse nenhuma mídia social ou serviços de streaming, provavelmente já ouviu falar do fracasso colossal que foi o Fyre Festival.
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A partir da divulgação de um vídeo com uma lista de top models em uma ilha caribenha privada (conhecida por já ter sido propriedade de Pablo Escobar), o fundador do Fyre, Billy McFarland, e o parceiro e rapper Ja Rule venderam milhares de ingressos com a promessa de uma ilha paradisíaca “nas fronteiras do impossível”.
A abertura do, agora famoso, vídeo-anúncio do festival revela uma foto aérea de uma ilha intocada, chamada Saddleback Cay – uma das 365 ilhas desse tipo no distrito de Exuma, nas Bahamas. Abrangendo 35 hectares, com uma baía protegida e sete praias, a ilha privada é quase caricaturalmente perfeita, com todas as características que se imagina em um refúgio caribenho.
Embora o festival tenha se tornado uma fraude total, a ilha que o tornou famoso certamente não é um desastre e está à venda atualmente por US$ 11,8 milhões de dólares pelo corretor de imóveis de Bahamas, John Christie, da HG Christie.
Vale ressaltar que, embora Saddleback Cay seja de fato a ilha que aparece na promoção de marketing do festival, ela não é a ilha famosa por fazer parte da rota de contrabando de Pablo Escobar (esta se localiza perto de Norman’s Cay), nem a localização final do festival em si (que foi em Great Exuma).
Apesar das diversas críticas relacionadas ao festival, divulgadas pela imprensa, a Saddleback Cay tem atraído muito interesse desde os lançamentos dos documentários “Fyre” e “Fyre Fraud”. “Na verdade, eu tive um comprador no dia seguinte após ter ido ao ar”, diz o corretor John Christie. “Eles vieram verificar, mas acabou não sendo ideal para eles.”
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De fato, embora o local seja indiscutivelmente bela, possuir uma ilha privada pode não ser “ideal” para muitos. Apesar de apresentar um bangalô de cerca de 46 metros quatros e dois banheiros, a propriedade está à venda prioritariamente por conta do terreno e provavelmente exigiria de qualquer proprietário em potencial o desenvolvimento do local.
Localizada na zona mais ao norte de Exuma, a ilha tem fácil acesso por meio de barco ou por via aérea a partir de Nova Providência (a ilha mais populosa de Bahamas), e nas proximidades da ilha de Norman’s Cay há uma pista de pouso operacional.
Apesar do fácil acesso, parece que pelo menos parte da razão pela qual a ilha ainda está no mercado é uma complicação técnica. Os atuais proprietários têm a propriedade vinculada à uma empresa, portanto, a compra da ilha exige a compra da companhia também.
No que diz respeito à dúvida se os desastres cometidos pelo fraudador condenado Bill McFarland vão prejudicar o valor da ilha, Christie não parece estar preocupado: “Não existe publicidade ruim, não é?”.
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