Resumo:
- Exposição do fotógrafo escocês David Yarrow, na Gabriel Wickbold Gallery, em São Paulo, vai de amanhã (20) até 18 de setembro;
- São 12 imagens de vida selvagem e uma de Diego Maradona;
- Yarrow é um dos fotógrafos de maior sucesso no mundo, famoso por imagens em preto e branco, que foram leiloadas por valores entre US$ 75 mil e US$ 110 mil nos últimos dois anos.
Começa hoje (19) – para convidados; e amanhã, aberta ao público- e vai até 18 de setembro a exposição de 13 fotos de David Yarrow na Gabriel Wickbold Gallery (rua Lourenço de Almeida, 167, Vila Nova Conceição). Ao todo são 12 imagens de vida selvagem e uma do ex-jogador de futebol argentino Diego Maradona, na Copa do México, em 1986, vencida pela Argentina.
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A história do escocês David Yarrow parece roteiro de filme -desses que, de tão espetaculares, duvidamos da veracidade dos fatos. Pois, acredite: há pouco mais de cinco anos, ele abandonou a posição de administrador de hedge funds para se tornar um fotógrafo de fine art em tempo integral.
Claro que com os 48 anos que tinha na época, ele elaborou, com detalhes, um plano de negócios que garantisse uma nova carreira comercialmente viável e que trouxesse a satisfação artística que desejava. Deu tão certo que Yarrow é um dos fotógrafos de maior sucesso no mundo, famoso por imagens em preto e branco, que foram leiloadas por valores entre US$ 75 mil e US$ 110 mil nos últimos dois anos. A Maddox, galeria que o representa em Londres, chega a vender £ 9 milhões em obras dele por ano.
“Após me formar na Universidade de Edimburgo, busquei uma carreira na área de finanças em Londres e Nova York, com grande sucesso. Em 1993, fui nomeado diretor de ações da Natwest Securities, onde trabalhei até o momento em que abri meu fundo de hedge, o Clareville Capital, em 1996”, conta o fotógrafo. “Acho que o colapso do sistema bancário em 2008 foi um momento de desfecho e reflexão para muitas pessoas. Eu queria sair desse cenário, em vez de ficar refém das variáveis que fugiam ao meu controle. Tal história não significa que eu não fotografava antes disso, mas acho que esse processo acelerou meu apetite por mudanças.” Era a deixa que ele precisava para mudar de ares de vez.
“Foi aí que precisei pular em um trem que já estava em movimento –não dava para pular em um estacionado. Por algum tempo, tive duas carreiras em paralelo, mas a chave era fazer com que o trem da fotografia andasse em velocidade superior ao das finanças. Depois do momento de tensão econômica de 2008, isso não foi tão difícil”, conta. “O que fiz para gerir o investimento foi pesquisar, e isso requer tempo, o entendimento de uma situação melhor do que as outras pessoas são capazes de ver e precisão técnica. A principal diferença é que na fotografia você usa um pouco mais seu coração e sua alma.”
Yarrow disse à Forbes que seu “interesse pela fotografia permaneceu constante mesmo enquanto trabalhava com finanças.” Até que veio a gota d´água. “Tirei uma foto –a foto– que sabia que seria comercializável. A imagem em questão se chama “Mankind” e foi feita no Sudão do Sul. No total, as vendas desta foto chegaram a US$ 2,5 milhões. Percebi que poderia mergulhar de cabeça no mundo da fotografia.”
Ele nunca fotografou no Brasil, mas diz que adoraria conhecer o Pantanal. Sobre suas grandes referências de fotógrafos brasileiros, Yarrow cita Sebastião Salgado e Araquém Alcântara. A respeito dos três lugares mais especiais onde já fotografou, ele responde: “Em minha opinião, o lugar mais cru que sobrou na Terra é o Sudão do Sul; o meu lugar favorito para fotografar elefantes é o Parque Nacional Amboseli, no Quênia; e Montana, nos Estados Unidos, país que tem os melhores visuais do mundo.”
Veja na galeria a seguir algumas imagens icônicas de David Yarrow que estarão na exibição:
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Divulgação “Funnel Creek”
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Divulgação “All You Need Is Love”
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Divulgação Emma
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Divulgação “Desert Flight”
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Divulgação “Diego Maradona”
“Funnel Creek”
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