Uma das grandes razões para Florença ser considerada a capital masculina da moda é a Pitti Uomo, a principal feira de roupas e acessórios do mundo. O evento anual, sempre em junho, atrai um público de, em média, 30 mil pessoas, entre compradores, expositores e admiradores.
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Na 96ª edição, realizada entre 11 e 14 de junho deste ano, o Brasil deixou sua marca. A Linking Dotz, grife de sapatos fundada no país pelo argentino Rodrigo Doxandabarat e seu sócio brasileiro Anderson Presoto, foi a única grife da América Latina selecionada para expor no evento.
Quando Rodrigo resolveu mudar totalmente de vida, após anos atuando no mercado de luxo tradicional – sua última posição foi como diretor regional da italiana Dolce & Gabbana –, começou a desenvolver a marca – que já nasceu “sustentável, vegana e inclusiva”. Para manter o DNA 100% brasileiro, buscou pequenos produtores país afora: todo o algodão utilizado no tecido que dá “vida” aos sapatos vem de pequenos agricultores da Paraíba e todo o processo de fabricação é feito à mão.
“É um sapato clássico, universal e que representa bem a bossa brasileira”, diz Rodrigo. Além da linha tradicional, a grife frequentemente se une a artistas brasileiros e internacionais que ganham royalties a cada sapato comercializado – durante a Pitti Uomo, as brasileiras Marina Saleme e Tina Vieira garantiram lugar nas estantes. Apesar do pouco tempo da marca, a Dotz já havia cruzado os oceanos anteriormente: foi convidada a apresentar sua história na conferência Textile Exchange, em Washington, ao lado de grifes como Stella McCartney, e já desenvolveu sapatos em parceria com a marca milanesa Boglioli. A temporada europeia incluiu, além da Pitti, a feira Tranöi, em Paris.
Reportagem publicada na edição 69, lançada em julho de 2019
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