Resumo:
- No projeto, o hotel no sul da Noruega tem nove quartos, uma varanda suspensa em cada andar e piscina com fundo de vidro, que se projeta no nível inferior, sobre o penhasco Preikestolen;
- A arquitetura incomum do projeto impressionou alguns e inquietou outros quanto ao impacto ambiental;
- Inicialmente, o conceito não sairia do papel, mas com a crescente atenção global e possíveis investidores, a intenção pode mudar, de acordo com o arquiteto Hayri Atak.
Se você gosta de arquitetura incomum e experiências de viagem emocionantes, precisa ver esse projeto de um hotel boutique de luxo à beira de um penhasco de 604 metros.
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Em julho, o escritório de arquitetura Hayri Atak Architectural Design Studio (HAADS), com sede em Istambul, propôs um hotel de nove quartos sobre o famoso penhasco Preikestolen, em Ryfylke, no sul da Noruega. O projeto ainda tem um lounge de 200 m², restaurante e café (com cozinha norueguesa provavelmente) bem como vistas espetaculares do fiorde Lysefjorden.
Cada andar deste conceito de hotel butique tem uma varanda linda: um terraço de observação/entrada e belvederes para três andares de quartos logo abaixo. Além disso, há um relaxante deck e uma piscina com 20 metros de comprimento com fundo de vidro, projetando-se no nível inferior.
A ideia surgiu como resultado de um surto de adrenalina que Hayri Atak havia experimentado depois de ver fotos de seu amigo caminhando no Preikestolen (falésia de 604 metros de desnível que se ergue sobre o fiorde). Sonhando em “viver além e fora dos limites”, ele criou esse conceito de hotel construído “como uma extensão da rocha”, disse ele. A piscina de cair o queixo tem sido um elemento crítico de design desde o primeiro dia, pois o fundador da HAADS pensou que a experiência “de borda infinita é muito mais emocionante em uma piscina do que em uma varanda”.
Por mais impressionantes que sejam as idealizações, nem todos estão apaixonados pela proposta do projeto. Enquanto alguns Instagrammers elogiaram as “fotos bonitas” e o “conceito incrível de hotel”, outros consideraram irrealista e “uma maneira de arruinar a natureza”.
Algumas observações sobre a ideia ser inadequada podem não estar totalmente erradas, pois Atak não pretendia originalmente que o hotel fosse de fato construído. No entanto, com atenção global e interesse de potenciais investidores, as intenções podem mudar, de acordo com o arquiteto.
Para construir este hotel, muitos problemas técnicos devem ser levados em conta. Atak calcula que a piscina seria a mais desafiadora para os engenheiros devido à “altura [e] pressão hidrostática” do penhasco. Outra preocupação é o clima frio, que pode ser especialmente difícil para os trabalhos de construção.
Erleen Hatfield, sócia-gerente do Hatfield Group, -uma empresa de consultoria de engenharia estrutural e fachada na cidade de Nova York – acredita que este hotel é “estruturalmente viável, assumindo que o penhasco é sólido”.
Entre os fatores críticos, como saídas de emergência, ventilação adequada, sistemas elétricos e hidráulicos, a maior preocupação de Hatfield é cavar espaço dentro do penhasco e revesti-lo com uma estrutura forte o suficiente para impedir que a rocha circundante ceda. Quanto à piscina, ela “pode ser pré-fabricada e empurrada para fora da lateral do penhasco, semelhante ao lançamento de uma ponte; o desafio seria garantir que os suportes da estrutura sejam fortes o suficiente para resistir ao vento e às cargas sísmicas ”, disse ela.
Há também a importante questão do impacto ambiental, já que este “novo hotel desgastaria bastante a rocha”, observou Hatfield.
Em termos de tempo, a engenheira estima que levaria de um a dois anos para projetar e construir, dependendo da complexidade dos espaços interiores.
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