A 5ª edição do Festival de Poesia de Lisboa ganhou cara nova em função da pandemia de Covid-19. Mas nem o fato de estar sendo realizado por videoconferência diminuiu a força do evento, que transita entre temas de importância fundamental e necessidade urgente de visibilidade, como a resistência da cultura negra e o empoderamento feminino.
O festival, que começou domingo (18) e segue até sábado (24), tem como homenageada a escritora negra Conceição Evaristo, autora de um importante livro para a literatura brasileira, “Ponciá Vicêncio”, que descreve com uma enorme riqueza linguística a trajetória, os sonhos e as frustrações da personagem principal, que dá nome ao livro. Ponciá é, como Conceição, uma mulher negra de origem humilde, e a narração de sua vida é um testemunho aflitivo do preconceito racial incrustado na sociedade.
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Foi a própria autora quem abriu o evento no último domingo, falando sobre o seu tema principal, a resistência. “Quando a autoria negra rompe o espaço de nascença e invade o terreno da autoria branca hegemônica é mais do que justo. É um lugar nosso, que nunca foi reconhecido”, disse ela.
Segundo uma das idealizadoras, Jannini Rosa, que é diretora da editora suíço-brasileira Helvetia Edições, o festival nasceu com o objetivo de preservar a literatura lusófona. “Apesar de ser realizada em Lisboa, a iniciativa tem o objetivo de contemplar escritores e poetas de todos os países falantes da língua portuguesa”, afirma.
As atrações, que compreendem painéis, bate-papos e oficinas, estão acontecendo diariamente. É possível acessar a programação na página do Facebook do Festival (www.facebook.com/FestivaldePoesiadeLisboa).
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