A história bizarra do roubo de uma pintura multimilionária do famoso artista austríaco Gustav Klimt finalmente encontrou um final feliz. O “Retrato de uma Senhora” está voltando para a galeria do norte da Itália de onde foi roubado há mais de duas décadas.
De acordo com uma reportagem do “The Art Newspaper”, a obra de Klimt está programada para ser destaque em quatro exposições em homenagem ao artista que acontecerão durante os próximos dois anos na galeria Ricci Oddi, em Piacenza, na Itália. O mesmo local foi palco do roubo da obra em 1997 e para sua devolução misteriosa 20 anos depois.
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O “Retrato de uma Senhora”, pintado por Klimt entre 1916 e 1917 durante a parte final de sua vida, desapareceu durante a reforma da galeria. O único vestígio deixado foi a moldura dourada encontrada no telhado. No entanto, a moldura pode ter sido plantada para tirar o foco dos investigadores, já que, segundo relatos da mídia, a claraboia da galeria era muito pequena para a pintura passasse. Apenas um dos muitos detalhes peculiares do caso.
Em outra reviravolta estranha, a pintura foi descoberta em dezembro de 2019 escondida em uma parede na propriedade da galeria por um jardineiro limpando hera crescida. Um jornal italiano publicou uma carta no mês seguinte, supostamente dos ladrões, alegando que eram dois homens na casa dos 60 anos que devolveram a pintura como “um presente para a cidade” –além disso, eles revelaram que teriam devolvido a obra quatro anos antes da descoberta do jardineiro.
O Art Newspaper informou que, desta vez, a pintura será exibida atrás de uma caixa de segurança e, esperançosamente, marcará o fim da tumultuada jornada da pintura.
O “Retrato de uma Senhora” protagoniza um dos casos de arte roubada mais desconcertantes da era moderna. Ainda não está claro por onde a pintura andou entre os anos em que foi tirada da galeria. Quando a obra foi autenticada, funcionários do local disseram que era estimada em cerca de US$ 71 milhões. A certa altura, pessoas próximas à galeria Ricci Oddi estavam sob suspeita. Pouco depois que a pintura foi encontrada, a viúva do ex-diretor da galeria foi interrogada pela polícia depois que as anotações em um diário de seu falecido marido vieram à tona, nas quais ele refletia sobre fingir um roubo para conseguir publicidade para a galeria, informou o “The Art Newspaper”.
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