Com restaurantes fechados e festas canceladas em meio à pandemia de coronavírus, os produtores de champanhe faturaram bem menos. Segundo o Comitê Interprofissional do Vinho e Champanhe (CIVC, na sigla em francês), as vendas globais da bebida caíram 18% em volume no ano passado, resultando num faturamento de US$ 1,2 bilhão.
Os produtores culparam o fechamento de restaurantes e bares e o cancelamento de grandes eventos pela queda no consumo, mas também alertaram que os os números finais ainda não foram computados.
LEIA TAMBÉM: Consumo de álcool na quarentena: quantos drinques indicam excesso?
Apesar do declínio – no mundo todo -, o CIVC apontou que a indústria de champanhe perdeu muito menos do que temia no início da crise, quando as expectativas giravam em torno de 30% de queda nas vendas.
“Foi um pouco melhor do que pensávamos”, disse Maxime Toubart, copresidente da entidade, à imprensa. “Em todo o mundo, mesmo que não tenhamos permissão para festejar, ainda foram realizados alguns eventos, e o champanhe é o símbolo das comemorações.”
A demanda por champanhe na França já havia caído antes da pandemia de Covid-19, segundo a instituição, mas a crise sanitária levou a uma nova queda de 20% nas vendas no mercado interno em 2020.
A indústria foi prejudicada ainda mais pelo declínio nas vendas dos três destinos globais das exportações de champanhe: Estados Unidos (-20%), Reino Unido (-20%) e Japão (-28%).
Os mercados europeus se mantiveram mais fortes no ano passado, com perdas menores em países como Bélgica (-5%), Alemanha (-15%) e Suíça (-9%).
Na Austrália, as vendas da bebida cresceram: segundo o comitê, o aumento foi de 14% nas exportações para o país no ano passado.
VEJA TAMBÉM: A intrínseca relação entre celebração e champanhe
“Apesar da crise, o champanhe permaneceu no coração dos consumidores que precisavam colocar algo excepcional em seu dia a dia e escolher produtos de qualidade quando muitos outros prazeres eram impossíveis”, disse Jean-Marie Barillère, copresidente do CIVC, em comunicado.
Com a maioria dos bares e restaurantes fechados ou operando com capacidade limitada em 2020, as vendas online de bebidas alcoólicas receberam um impulso, já que as pessoas passaram a beber em casa. Os destilados com alto teor alcoólico como, por exemplo, vodca e tequila, estão entre os mais vendidos de acordo com os dados de mercado da Nielsen. O crescimento do consumo de bebidas em casa durante a pandemia tem deixado alguns especialistas preocupados que isso possa levar a um abuso. De acordo com o Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo, mais de 14 milhões de adultos norte-americanos são dependentes do álcool.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.